O governo cubano anunciou que, apesar do colapso do Sistema Electroenergético Nacional (SEN) nesta quarta-feira, os serviços de transporte permanecem operacionais, embora em um contexto de precariedade e com medidas excepcionais.
Eduardo Rodríguez Dávila, Ministro dos Transportes, afirmou no Facebook que os aeroportos internacionais mantêm os 70 voos programados para esta quarta-feira, incluindo 37 no Aeroporto Internacional José Martí de Havana.
O titular da pasta destacou que isso é possível graças à utilização dos sistemas de backup energético próprios, que permitem “garantir os serviços para passageiros e aeronaves".
No caso da Empresa Ómnibus Nacionales, foi declarado que serão realizados os 158 trajetos nacionais planejados, juntamente com 18 da Viazul e 5 do Medibús, sendo estes últimos destinados a pacientes que requerem atendimento médico em outras províncias.
Rodríguez destacou que os trens nacionais anunciaram a partida do Habana-Holguín às 19h20 e do Guantánamo-La Habana às 15h40.
O Ministro indicou que em próximas publicações oferecerá mais detalhes sobre os serviços de transporte neste novo colapso do sistema elétrico nacional, que chamou de “contingência elétrica”.
Enquanto o governo busca manter uma certa aparência de normalidade nos serviços de transporte, a situação do país evidencia uma crise que não se limita à energia elétrica, mas que afeta profundamente as condições de vida da população.
O Aeroporto Internacional José Martí informou nas redes sociais nesta quarta-feira que, apesar do novo apagão em massa, a instalação aeroportuária, a mais importante e grande do país, continua aberta.
"A pesar da recente interrupção do Sistema Elétrico Nacional, nossos terminais aéreos permanecem operacionais", indicaram.
Por sua parte, o ministério de Energia e Minas informou nas redes sociais na manhã desta quarta-feira que começou o restabelecimento progressivo do SEN a partir da "criação de ilhas", como já ocorreu nos dois colapsos anteriores.
Em uma publicação na conta de X do MINEM, Vicente de la O Levy explicou que "as condições são mais favoráveis do que na última desconexão" e acrescentou que o cumprimento dos procedimentos não está afetado pelo furacão.
O governo cubano informou ainda que as aulas e os trabalhos não essenciais foram suspensos em Cuba devido ao novo apagão geral que começou na madrugada de hoje.
Perguntas Frequentes sobre a Crise Energética e o Transporte em Cuba
Como os apagões em massa afetam o transporte em Cuba?
Apesar dos apagões em massa em Cuba, o governo tenta manter os serviços de transporte operacionais através do uso de sistemas de energia de backup. No entanto, os serviços funcionam em um contexto de precariedade e com medidas excepcionais, o que causa atrasos e uma operação limitada em trens, ônibus e voos.
Quais medidas está tomando o Aeroporto Internacional José Martí para continuar operando durante os apagões?
O Aeroporto Internacional José Martí implementa medidas de contingência, como o uso de geradores elétricos, para garantir que as operações continuem sem interrupções. Essas medidas asseguram que os terminais aéreos permaneçam funcionais, apesar das interrupções no Sistema Elétrico Nacional (SEN).
Por que o Sistema Elétrico Nacional em Cuba continua a colapsar?
O colapso do Sistema Elétrico Nacional (SEN) em Cuba deve-se principalmente ao deterioro e à falta de manutenção da infraestrutura elétrica, especialmente da Usina Termoelétrica Antonio Guiteras, a maior do país. Além disso, a falta de investimentos em modernização agravou a situação, prejudicando a qualidade de vida da população.
Qual é o impacto da crise energética na vida cotidiana dos cubanos?
A crise energética em Cuba provoca apagões de até 20 horas diárias, o que limita o acesso a serviços básicos como alimentos, água e atendimento médico. Essa situação tem aumentado o descontentamento social e gerado protestos em diversas regiões do país.
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