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CBP responde a cubanos em liberdade condicional humanitária preocupados com atraso na autorização de viagem

Estima-se que pelo menos 300 pessoas estejam em situação semelhante.


A Agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP) comentou a situação de dezenas de cubanos beneficiários de liberdade condicional humanitária que permanecem retidos na ilha porque Eles não apenas receberam a autorização de viagem.

Quando questionada sobre o número de beneficiários que relataram problemas, a agência disse: “O CBP processa 30.000 casos de liberdade condicional mensalmente. Portanto, 300 é uma minoria muito pequena de casos.”

No documento -citado por Telemundo 51- O CBP indica que “os pedidos familiares não podem ser priorizados em relação aos pedidos individuais”.

Contudo, a Agência recomenda “que os membros da família apresentem a sua petição em conjunto, pois isso pode aumentar a probabilidade de serem processados em conjunto”.

“O CBP não diz nem explica porque é que estes atrasos estão a ocorrer. A forma como é interpretado é que simplesmente faz parte do processo”, disse a advogada de imigração Rosaly Chaviano ao referido meio de comunicação.

O advogado obteve a referida resposta em questionário da American Immigration Lawyers Association, onde agentes do CBP responderam sobre o assunto.

“Eles estão dizendo que os parentes que têm outros beneficiários esperando têm que tomar uma decisão sobre vir para os EUA ou esperar por eles”, acrescentou o advogado.

O CBP está dizendo que se alguém de uma família precisar de uma revisão mais ampla “ele não vai tolerar a aprovação de outras pessoas para esse (caso)”.

São cubanos beneficiários de liberdade condicional humanitária cujos patrocinadores foram confirmados pelo Serviço de Cidadania e Imigração (USCIS), mas que após seguirem o seu pedido em CBP Um, não receberam autorização de viagem.

Estima-se que pelo menos 300 beneficiários tenham sido vítimas de atrasos nas autorizações de viagem, em períodos que em alguns casos ultrapassam mesmo os 200 dias de espera.

Muitos dos beneficiários deste programa exigem do governo dos Estados Unidos maior flexibilidade nas autorizações de viagem necessárias para entrar no país do norte.

No início de março, um juiz federal do tribunal de Victoria, Texas, decidiu manter o programa de liberdade condicional humanitária.

A decisão do juiz baseou-se no facto de os 21 estados republicanos que processaram o governo federal quando este programa começou não terem conseguido demonstrar que a liberdade condicional lhes tinha trazido danos significativos.

A decisão, que agradou a muitos cubanos, também trouxe Preocupação com atrasos no processamento de pedidos, um dos aspectos mais criticados desde o início do programa, em janeiro de 2023.

A pergunta que muitos se fazem agora é se o apoio recebido para liberdade condicional por um juiz federal do Texas permitirá mais agilidade na resolução dos casos.

Contudo, a incerteza cresceu muito mais em 9 de abril, quando Foram registradas mais de três mil recusas de pedidos.

O advogado de imigração Ralip Hernández disse então em declarações a Univisão 23 que a causa provável foi aumento nas demandas na análise de solicitações, problemas técnicos na plataforma ou erros no envio de documentação.

No último ano, dezenas de milhares de cubanos depositaram a sua esperança na liberdade condicional humanitária como a forma legal mais viável e rápida de chegar aos Estados Unidos e começar uma nova vida.

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