Varadero, um dos principais destinos turísticos de Cuba, enfrentou o apagão geral recente por mais de 48 horas. A joia do Ministério do Turismo ficou sem energia em hotéis, ruas e residências da península.
As redes sociais foram inundadas de queixas e comentários de cubanos surpresos pela falta de eletricidade em um lugar que se gaba de ser a população mais bonita, limpa e iluminada de Cuba.

"Em Varadero, 50 horas seguidas sem energia. Há muitas pessoas que querem aproveitar suas férias e não apenas dentro de um hotel, onde, na verdade, alguns já foram evacuados porque não tinham geradores. O que está acontecendo, que já há províncias com 100% de energia e aqui ainda não temos eletricidade? Isso é desumano", denunciou uma pessoa em um post da Presidência de Cuba.
Embora pareça insólito, o principal polo turístico de Cuba não está tão preparado para a crise energética como o Estado costuma presumir.
"Fazer turismo em Cuba é como ir a um buffet à luz de velas", comentaram alguns usuários nas redes, acompanhando imagens de jantares improvisados, com os garçons de um hotel transitando às escuras pelo meio do salão de refeições.
"Os estrangeiros não entendem disso", disse uma pessoa. Outro respondeu: "Nós, os cubanos, também não".
O colapso do Sistema Elétrico Nacional (SEN) no último fim de semana evidenciou as carências do país.
Apesar de alguns hotéis como o Iberostar Selection Varadero terem conseguido manter a energia com geradores, outros ficaram completamente às escuras e sem poder atender seus clientes. Isso não aconteceu apenas em Varadero, também em Jibacoa houve falta de energia no hotel Villa Trópico.
A crise energética não afetou apenas as instalações turísticas. As ruas de Varadero, seus comércios e restaurantes ficaram completamente apagados.
Na última segunda-feira, Miguel Díaz-Canel agradeceu aos cubanos pela sua "compreensão" após o colapso elétrico que afetou várias províncias por mais de dois dias.
"Obrigado, Cuba, pela compreensão nos momentos de incerteza e desconforto devido à desconexão do SEN. Continuamos com déficit, mas já conectados", escreveu o governante em sua conta no X.
As reações dos cubanos não se fizeram esperar, mostraram a frustração acumulada: "Você é um fantoche colocado à força. Foram 48 horas sem eletricidade. Obrigado nem um pouquinho!", expressou um usuário.
Outros internautas ironizaram sobre o contraste social na ilha: "Não teremos termoelétricas, mas temos majestuosos hotéis repletos de energia elétrica e recursos que o povo não possui".
As autoridades reconheceram que os apagões continuarão, devido ao déficit energético que o país enfrenta. Enquanto isso, a paciência dos cubanos continua no limite.
Perguntas Frequentes sobre a Crise Energética em Cuba e seu Impacto no Turismo
Por que Varadero, o principal destino turístico de Cuba, sofreu um apagão prolongado?
Varadero experimentou um apagão geral que durou mais de 48 horas devido a um colapso no Sistema Elétrico Nacional (SEN). Apesar de ser um importante destino turístico, não está tão preparado para as crises energéticas como se imagina, o que deixou hotéis, ruas e residências sem eletricidade.
Como reagiram os turistas e residentes diante do apagão em Varadero?
A reação foi de surpresa e frustração. Os turistas reclamaram das interrupções em suas férias, enquanto os residentes demonstraram seu descontentamento nas redes sociais, criticando a falta de preparação e resposta do governo diante da crise energética.
Quais medidas o governo cubano tomou para enfrentar a crise energética?
O governo cubano agradeceu a "compreensão" da população e continua a trabalhar na recuperação do SEN. No entanto, as autoridades reconheceram que os apagões continuarão devido ao déficit energético, o que gerou críticas e descontentamento entre os cidadãos.
Por que os hotéis em Cuba conseguem manter o fornecimento de eletricidade durante os apagões?
Os hotéis em Cuba, especialmente em áreas turísticas como Varadero, conseguem manter o fornecimento elétrico graças a sistemas independentes e geradores de backup. Isso permite que continuem operando durante a crise energética, priorizando o turismo apesar do descontentamento local.
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