Cuba continua às escuras: o déficit elétrico ultrapassa os 1.300 MW

A crise elétrica em Cuba se agrava com um déficit de 1.300 MW. Quebras e falta de combustível afetam o fornecimento, impactando os usuários em Havana com apagões programados em diferentes horários.

Apagões em Cuba (Imagem de referência)Foto © Facebook / Wendy Ramírez

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A crise energética em Cuba continua a se agravar, com um déficit de geração elétrica que supera os 1.300 megawatts (MW), conforme informou nesta terça-feira a União Elétrica de Cuba (UNE).

De acordo com a parte oficial, o serviço elétrico foi restabelecido na segunda-feira às 11:36 p.m., mas as interrupções voltaram às 6:20 a.m. desta terça-feira. A maior interrupção do dia anterior alcançou 1.377 MW às 7:00 p.m., um nível crítico, embora não tenha coincidido com o horário de maior demanda.

A disponibilidade de geração elétrica no país às 7:00 da manhã era de 1.800 MW, enquanto a demanda chegava a 1.950 MW, o que resultou em 186 MW afetados. Para a tarde, a UNE prevê um aumento das afetacões, que podem alcançar 850 MW.

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Uma crise sem fim

Actualmente, são relatadas falhas na unidade 6 da CTE Renté e na unidade 2 da CTE Felton. Além disso, várias usinas estão em manutenção, entre elas a unidade 6 de Mariel, a unidade 2 de Santa Cruz, as unidades 3 e 4 de Cienfuegos e a unidade 5 de Renté. Também existem limitações na geração térmica de 435 MW, agravadas pela falta de combustível, que deixou fora de operação 42 centrais de geração distribuída, com um impacto de 176 MW.

Para o horário de pico noturno, espera-se a entrada da unidade 6 da Energas Jaruco com 100 MW. No entanto, a disponibilidade de geração continuará sendo insuficiente, com 1.900 MW diante de uma demanda estimada de 3.200 MW, o que resultará em um déficit de 1.300 MW e uma afetacão estimada de 1.370 MW.

Apagões em Havana

Na capital, a Empresa Elétrica de La Habana anunciou que os cortes de luz afetarão diferentes blocos de consumidores em horários distintos. O bloco #4 sofrerá interrupções entre as 10:00 a.m. e 2:00 p.m., enquanto o bloco #3 será afetado de 11:00 a.m. a 3:00 p.m.. Posteriormente, este será rotacionado com o bloco #1, que ficará sem serviço até às 7:00 p.m.. Finalmente, o bloco #2 experimentará apagões desde as 6:00 p.m. até as 10:00 p.m..

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Um problema crônico

O colapso do Sistema Elétrico Nacional (SEN) é um problema crônico em Cuba, causado pela falta de manutenção, pelo deterioro da infraestrutura e pela escassez de combustível, o que tem provocado apagões prolongados em todo o país.

O sistema enfrenta falhas constantes devido à falta de investimento, manutenção insuficiente e a antiguidade das termoelétricas, muitas das quais têm mais de 40 anos de exploração. Nos últimos anos, os cortes de eletricidade têm sido um dos fatores que desencadearam protestos em várias províncias do país.

Como os apagões afetam a sua área? Compartilhe sua experiência nos comentários.

Perguntas frequentes sobre a crise energética em Cuba

Qual é o déficit atual de geração elétrica em Cuba?

O déficit atual de geração elétrica em Cuba supera 1.300 megawatts (MW), de acordo com o último relatório da União Elétrica de Cuba (UNE). Esse déficit se manifesta especialmente durante o horário de pico, quando a demanda elétrica é significativamente maior do que a capacidade disponível do Sistema Elétrico Nacional (SEN).

Quais são as principais causas da crise energética em Cuba?

As principais causas da crise energética em Cuba são as falhas em várias centrais termelétricas e a escassez de combustível. A infraestrutura elétrica do país está muito deteriorada, com usinas termelétricas que superam os 40 anos de operação, e a falta de investimento e manutenção agravou a situação. Além disso, o déficit de combustível deixou fora de operação numerosas centrais de geração distribuída.

Como impactam os apagões programados em Havana?

Os apagões programados em Havana afetam diferentes blocos de consumidores em horários específicos para tentar gerenciar o déficit de geração. Esses cortes deixam milhares de havanenses sem eletricidade durante várias horas por dia, impactando sua vida cotidiana e o funcionamento de serviços essenciais. A Empresa Elétrica de Havana publica regularmente os horários de interrupção para diferentes blocos da cidade.

Que medidas tomou o governo cubano diante dessa crise energética?

O governo cubano tem tentado reincorporar algumas unidades geradoras e implementou apagões programados para gerenciar o déficit energético. No entanto, essas medidas têm sido insuficientes para resolver o problema em questão. A falta de investimento e o desgaste da infraestrutura elétrica, juntamente com a escassez de combustível, têm impedido uma solução eficaz, gerando descontentamento e críticas entre a população.

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Equipe Editorial da CiberCuba

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