O regime cubano admitiu na tarde deste sábado que a criação de microsistemas elétricos para gerar eletricidade tem sido complexa após o apagão massivo desta sexta-feira.
Em uma coletiva para a televisão nacional, o diretor geral de eletricidade do Ministério de Energia e Minas, Lázaro Guerra Hernández afirmou que o processo de restabelecimento, especialmente na zona ocidental, tem enfrentado "problemas para a entrada".
O funcionário relatou que os problemas na central Energás de Boca de Jaruco têm impedido a incorporação dessa planta, vital para desenvolver o microsistema do ocidente, e prometeu que estão trabalhando em uma forma de levar a energia a partir das barcaças da Baía de Havana.
"Esses problemas que tivemos na Energás estão sendo resolvidos e estamos prevendo que ao longo da tarde essa situação já esteja solucionada e possamos avançar na restauração da zona ocidental do país", comentou no meio televisivo, ao qual quase nenhum cubano poderá acessar por não ter eletricidade.

Como uma variante, haviam apostado na instalação de motores a diesel e da central flutuante de Regla, para poder gerar eletricidade para a Energás e iniciar a operação dessa central.
"Isso nos permitirá, é claro, aumentar a cobertura de eletricidade e melhorar, acelerar o processo de restabelecimento na zona ocidental do país", afirmou.
Na zona central, segundo afirmou, está sendo trabalhado em outro micros sistema na hidrelétrica de Hanabanilla, que se alimentaria de Energás Varadero.
"Estamos chegando à subestação Agramonte neste momento, que nos permitirá continuar o avanço em direção à Energás Varadero, o que irá melhorar a condição na zona central do país e avançar no processo de restabelecimento", argumentou.
A su vez, destacou que trabalham em outros microsistemas em todas as províncias, que "garantem um nível de serviço elétrico à população e também aos centros vitais".
Cerca de 16 horas após a desconexão geral do Sistema Electroenergético Nacional (SEN), apenas foi possível iniciar o acionamento da unidade número 6 da termoelétrica de Nuevitas e de outra unidade da termoelétrica de Renté, a partir de microsistemas formados na região de Camagüey e em Santiago de Cuba.
Por sua parte, a planta de Energás Varadero, já conta com energia para iniciar e alimentar a termoelétrica Antonio Guiteras, a de maior geração na Ilha.
O jornalista oficialista José Miguel Solís informou em suas redes sociais que a Energás se incorporará à geração para o microsistema central.
Atualmente, foi possível oferecer serviço ao circuito 4072 para o povoado de Agramonte por meio da ligação com Yaguaramas, pertencente à província de Cienfuegos, conforme foi especificado.
O apagão geral em Cuba foi provocado por uma falha na subestação elétrica do Diezmero, devido a um problema no isolamento de um elemento da linha que estava em operação há muitos anos.
A falta de manutenção preventiva e a impossibilidade de substituir componentes envelhecidos devido às restrições do mercado também contribuíram para o colapso do sistema elétrico nacional.
Embora o governo cubano esteja implementando "microsistemas" para fornecer energia a áreas específicas e centros vitais, essas soluções temporárias têm sido insuficientes para estabilizar o fornecimento elétrico de maneira eficaz, e a população continua a enfrentar apagões prolongados.
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