Burocracia atrasa traslado de Damir para os EUA: Falta conta de respaldo para carta de admissão hospitalar

O traslado de Damir para os EUA continua em espera porque o hospital exige uma conta de respaldo ou seguro médico. Durante uma transmissão ao vivo feita por ativistas que acompanham seu caso, foi informado que alguém se ofereceu, mas ainda falta confirmar se cumpre os requisitos.


O traslado do menino cubano Geobel Damir Ortiz Ramírez, que necessita de atenção médica urgente nos Estados Unidos, continua pendente devido à falta de uma carta oficial de admissão hospitalar, documento indispensável para que a ambulância aérea possa realizar a viagem.

A emissão desta carta depende da apresentação de um respaldo financeiro que garanta a cobertura de sua entrada no hospital, um requisito que até o momento não foi cumprido.

Em uma transmissão ao vivo no Facebook, Idelisa Diasniurka Salcedo Verdecia, Aylín Diaz e o doutor Miguel Ángel Ruano Sánchez explicaram que, embora Damir já esteja registrado no sistema do Nicholas Children's Hospital, a instituição não pode aceitá-lo sem uma garantia econômica.

Apesar de contar com o respaldo de um médico oncologista associado ao centro, o hospital exige um seguro de saúde válido nos EUA ou, na sua ausência, uma conta de respaldo com pelo menos 300.000 dólares para cobrir quaisquer despesas iniciais enquanto se completa o trâmite do seu seguro definitivo.

Este requisito complicou o processo, já que os seguros médicos disponíveis só entrariam em vigor a partir do próximo mês, um prazo que se mostra inviável dada a delicada condição do menor.

Enquanto isso, foram exploradas alternativas para apresentar a garantia econômica exigida pelo hospital.

Em meio à transmissão ao vivo, foi mencionado que uma pessoa teria oferecido a conta de respaldo, embora até o momento não tenha sido confirmado oficialmente se a proposta foi aceita ou se atende aos requisitos do hospital.

A família e os gestores do traslado recorreram a diversas vias para conseguir uma solução rápida, apelando a figuras públicas e pessoas com capacidade econômica que possam facilitar a conta de respaldo necessária.

Han reiterado que este dinheiro não seria utilizado na sua totalidade, mas serviria apenas como garantia temporária até que Damir conseguisse acessar um seguro de saúde nos EUA.

Enquanto isso, a ambulância aérea continua pronta e coordenada para transportá-lo assim que esse obstáculo burocrático for resolvido, algo que pode acontecer nesta segunda-feira ou na terça-feira.

No entanto, até que o hospital emita a carta de admissão, a viagem continua em pausa.

Espera-se que nas próximas horas haja uma atualização sobre o estado do trâmite e que seja desbloqueado o processo para que o menor possa receber a atenção médica que necessita com urgência.

O estado de saúde de Geobel Damir Ortiz Ramírez continua crítico, com um diagnóstico de neurofibromatose tipo 1, um neurofibroma plexiforme no olho direito e leucemia aguda. Segundo um relatório recente, seu estado permanece grave e instável, com quedas constantes de plaquetas e hemoglobina, o que exigiu transfusões de emergência.

Ante a falta de opções dentro de Cuba, sua mãe, Eliannis Ramírez, pediu auxílio e denunciou publicamente o Ministério da Saúde Pública de Cuba (MINSAP), responsabilizando-os por negligência médica. Em um chamado desesperado nas redes sociais, exigiu ações imediatas para salvar a vida de seu filho.

Após uma intensa campanha e a pressão de ativistas e organizações internacionais, finalmente Damir recebeu uma visa humanitária da Embaixada dos Estados Unidos, o que permitirá sua transferência para um hospital em Miami, onde poderá receber tratamento especializado.

O principal obstáculo que restava era o financiamento para sua transferência. Em um esforço conjunto da comunidade cubana, conseguiram arrecadar os fundos necessários para custear uma ambulância aérea que o transportará de maneira segura. Ativistas destacaram a rapidez com que o financiamento foi conseguido, graças a doações de cubanos dentro e fora do país.

Perguntas frequentes sobre o caso do menino cubano Damir Ortiz

Por que não foi possível transferir Damir Ortiz para os Estados Unidos para receber tratamento médico?

O traslado de Damir Ortiz para os Estados Unidos está atrasado devido à falta de uma carta oficial de admissão hospitalar. Este documento é necessário para que a ambulância aérea possa realizar a viagem, e sua emissão depende da apresentação de um respaldo financeiro que garanta a cobertura de sua internação no hospital. Até o momento, não foi possível atender a esse requisito, apesar dos esforços da família e dos ativistas para conseguir a garantia econômica exigida pelo hospital em Miami.

Quais problemas burocráticos Damir e sua família enfrentaram em Cuba?

Damir e sua família enfrentaram obstáculos burocráticos significativos em Cuba, incluindo a recusa do Ministério da Saúde Pública (MINSAP) em fornecer a documentação necessária para seu visto humanitário. Este órgão alegou que Cuba possui os recursos necessários para tratar o menor, o que inicialmente impediu que a Embaixada dos EUA em Havana aprovasse o visto. Somente após intensas negociações e pressão pública, conseguiu-se finalmente obter a permissão para a viagem.

Como a comunidade internacional respondeu ao caso de Damir Ortiz?

A comunidade internacional, incluindo ativistas cubanos e pessoas no exterior, respondeu com solidariedade e apoio ao caso de Damir Ortiz. Foi organizada uma arrecadação de fundos através de plataformas como GoFundMe para cobrir os custos da ambulância aérea e do tratamento médico nos Estados Unidos. Além disso, a Embaixada dos EUA em Cuba fez uma exceção e concedeu um visto humanitário para a criança e sua mãe, permitindo assim que o processo de transferência do menor avante.

Qual é o estado atual de saúde de Damir Ortiz?

Damir Ortiz se encontra em uma situação delicada de saúde, diagnosticado com neurofibromatose tipo 1, um neurofibroma plexiforme no olho direito e leucemia aguda. Sua condição se agravou nos últimos meses, o que tornou urgente seu traslado para os Estados Unidos para receber tratamento especializado que não está disponível em Cuba. A família e os ativistas continuam trabalhando para superar os obstáculos burocráticos e conseguir seu traslado o mais rápido possível.

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