O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se pronunciou nesta quinta-feira após o acidente aéreo ocorrido em Washington D.C., confirmando que “não há sobreviventes”.
Durante uma coletiva de imprensa, Trump pediu um momento de silêncio em homenagem às vítimas e assegurou que a nação está de luto junto com outros países que também perderam cidadãos no desastre.
O exército americano e a Junta Nacional de Segurança no Transporte estão investigando. “Descobriremos como ocorreu este desastre e nos certificaremos de que nada parecido aconteça novamente”, afirmou Trump, que anunciou o nomeação de Chris Rocheleau, um veterano de 22 anos na Administração Federal de Aviação (FAA), como comissário interino da agência.
Em seu discurso, Trump também criticou o sistema atual de contratação de controladores aéreos na FAA, sugerindo que as políticas de diversidade e inclusão permitiram a contratação de trabalhadores com deficiências intelectuais, problemas psiquiátricos e outras condições físicas.
“Os controladores aéreos devem ser gênios. Não se pode deixar que pessoas comuns façam o trabalho deles”, afirmou, garantindo que sua prioridade é restaurar a confiança nas viagens aéreas nos EUA.
O presidente também argumentou que durante sua administração anterior (2017-2021) eram mantidos padrões mais elevados para a seleção de controladores de tráfego aéreo e acusou o ex-presidente Joe Biden de ter eliminado testes cruciais no processo de avaliação.
“Temos um padrão elevado. Tivemos um padrão muito mais alto do que qualquer outro. E há coisas que devem ser avaliadas com base na capacidade intelectual, deve-se avaliar a qualidade psicológica, e a qualidade psicológica é um elemento muito importante. Trata-se de vários testes muito poderosos que utilizaram, e Biden os eliminou, e Biden baseou-se em um padrão que é exatamente o oposto”, declarou Trump.
O mandatário insistiu na necessidade de selecionar os melhores profissionais para garantir a segurança aérea do país. “Para um controlador de tráfego aéreo, queremos o mais brilhante, o mais inteligente, o mais perspicaz. Queremos alguém que seja psicológicamente superior, e é isso que vamos ter”, afirmou.
Quando perguntado se as políticas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) poderiam ter sido responsáveis pelo acidente, Trump respondeu: "Poderia ter sido". No entanto, não foram apresentadas provas concretas que respaldassem essa afirmação.
De acordo com um artigo da Fox News, publicado em 2024, a FAA estava implementando iniciativas de diversidade que incluem a contratação de pessoas com deficiências intelectuais e psiquiátricas severas. Essas políticas buscam promover a inclusão no ambiente de trabalho e oferecer oportunidades a indivíduos com diversas capacidades.
A FAA defendeu essas iniciativas, afirmando que todos os funcionários, independentemente de suas capacidades, devem atender aos rigorosos padrões estabelecidos para garantir a segurança na aviação.
O sinistro
O acidente ocorreu quando um helicóptero Black Hawk, de indicativo PAT25, colidiu com um avião comercial CRJ, da American Eagle, uma companhia aérea regional subsidiária da American Airlines, que vinha de Wichita, Kansas, nas proximidades do aeroporto Ronald Reagan, em Washington D.C. As comunicações por rádio entre a torre de controle e a tripulação do helicóptero indicam que estavam cientes da proximidade do avião.
Em uma gravação do liveatc.net, ouve-se o controlador de tráfego aéreo perguntar: "PAT25, você tem um CRJ à vista?" e dar a instrução: "PAT25, passe atrás do CRJ" às 20:47 (0147 GMT). Segundos depois, outra aeronave chama o controle aéreo perguntando: "Torre, você viu isso?", aparentemente referindo-se à colisão.
O impacto foi captado em um vídeo do próximo Kennedy Center, mostrando uma enorme explosão que iluminou o céu noturno. Logo após a colisão, ouviu-se um controlador aéreo informar pelo rádio: "Acabei de ver uma bola de fogo e depois desapareceu. Não vi mais nada desde que colidiram com o rio".
Posteriormente, os controladores redirecionaram os aviões que se aproximavam da pista 33 para evitar a área do sinistro.
Perguntas frequentes sobre a segurança aérea nos EUA e as declarações de Donald Trump
Que medidas Donald Trump anunciou para melhorar a segurança aérea nos EUA?
Donald Trump prometeu contratar os controladores aéreos mais capacitados e restabelecer altos padrões de seleção após um trágico acidente aéreo em Washington D.C. que não deixou sobreviventes. Ele também nomeou Chris Rocheleau como comissário interino da FAA para liderar esses esforços.
Quais críticas Trump fez ao atual sistema de contratação de controladores aéreos?
Trump criticou as políticas de diversidade e inclusão da FAA, sugerindo que permitiram a contratação de pessoal com deficiências intelectuais e problemas psiquiátricos, o que, segundo ele, poderia afetar a segurança aérea. Afirmou que os controladores devem ser os mais capacitados e psicologicamente superiores.
O que se sabe sobre o acidente aéreo em Washington D.C.?
O acidente envolveu um helicóptero Black Hawk e um avião comercial CRJ perto do aeroporto Ronald Reagan, resultando em uma colisão que causou uma explosão visível do Kennedy Center. Atualmente, a FAA, a NTSB e o exército dos Estados Unidos estão investigando o incidente para determinar as causas e prevenir futuros desastres.
Qual é a postura da FAA em relação às políticas de diversidade e inclusão?
A FAA defende suas políticas de diversidade e inclusão, argumentando que todos os funcionários devem cumprir rigorosos padrões para garantir a segurança na aviação, independentemente de suas habilidades. Essas políticas buscam oferecer oportunidades de emprego a indivíduos com diversas habilidades.
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