Racionamento de gás em Cuba: Apenas uma bombona a cada dois meses em Ciego de Ávila

Mais de 13.000 clientes em Ciego de Ávila aguardam para adquirir o cilindro de gás com o qual cozinham os alimentos. O fornecimento de outras províncias é escasso.

Venda de gás liquefeito em Ciego de ÁvilaFoto © Facebook / UEB DTCC Ciego de Ávila

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As autoridades da empresa CUPET em Ciego de Ávila tomaram a decisão de prolongar o ciclo de compra das chamadas "balitas" de gás liquefeito para dois meses.

Trata-se, alegam, de uma medida "transitória" que tiveram que adotar devido ao déficit de inventários de gás liquefeito de petróleo (GLP) e seu fornecimento intermitente desde o final de 2024.

Danilo Tejera Sánchez, chefe da equipe de gás liquefeito na UEB Divisão Territorial de Comercialização de Combustíveis na província, disse ao semanário Invasor que estabelecer 60 dias como mínimo para adquirir o produto beneficia as pessoas que estão há mais tempo sem comprar.

"Não quer dizer que seja uma solução definitiva; no entanto, ela se manterá nos próximos meses devido à baixa disponibilidade de gás no país e à escassa atribuição de cilindros ao território", enfatizou.

"Na medida em que a nação se recupere e aumente o número de balitas, será possível restabelecer as vendas pelo ciclo de 26 dias, como era antes", destacou.

Mais de 13.000 clientes em Ciego de Ávila não conseguiram adquirir o botijão de combustível com o qual cozinham os alimentos. A província não possui plantas de enchimento, e o produto, que é enviado de Cienfuegos, Camagüey e Villa Clara, está chegando em quantidades muito reduzidas devido à baixa disponibilidade no país.

Tejera Sánchez lembrou que outro impedimento é a pouca quantidade de cilindros existentes, pois eles vão se deteriorando com o tempo e a manipulação. Por isso, decidiu-se solicitar aos usuários que entreguem os cilindros vazios, para poder agilizar o ciclo de enchimento. Mas, na prática, o nível de entrega é muito baixo.

Perguntas frequentes sobre a crise do gás liquefeito em Cuba

Por que a venda de gás liquefeito foi restringida em Ciego de Ávila?

A venda de gás liquefeito em Ciego de Ávila foi restringida a uma botija a cada dois meses devido a um déficit nos estoques de gás liquefeito de petróleo (GLP) e a um fornecimento intermitente desde o final de 2024. Essa medida busca beneficiar as pessoas que estão há mais tempo sem comprar, embora não seja uma solução definitiva.

Como a escassez de gás liquefeito afeta os lares cubanos?

A escassez de gás liquefeito afeta gravemente os lares cubanos, uma vez que este combustível é essencial para o cozimento de alimentos. Muitas famílias são obrigadas a recorrer a métodos alternativos, como fogões a lenha ou carvão, especialmente em um contexto de cortes frequentes de eletricidade que impedem o uso de panelas elétricas.

Quais medidas está tomando o governo cubano para enfrentar a crise do gás liquefeito?

O governo cubano tem tentado priorizar a distribuição de gás liquefeito para aqueles consumidores que não puderam acessar o produto em ciclos anteriores. Além disso, os ciclos de entrega foram reorganizados para atender de forma mais equitativa os consumidores, embora essas medidas não tenham solucionado completamente a crise atual.

Por que persistem as longas filas para comprar gás em Cuba?

As longas filas para comprar gás em Cuba persistem devido à escassez e à má organização na distribuição. Além disso, atos de corrupção como a venda de turnos agravam a situação, o que retarda o acesso ao gás para as famílias que realmente precisam.

Quais são as alternativas para os cubanos diante da falta de gás liquefeito e eletricidade?

Ante a falta de gás liquefeito e eletricidade, muitos cubanos têm recorrido a fogões de lenha ou carvão como métodos alternativos para cozinhar. Essas alternativas são caras e refletem a gravidade da crise energética que o país enfrenta, além de serem práticas inconvenientes e perigosas em ambientes urbanos.

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