Detêm o chefe da Planta de Gás em Pinar del Río por ligação com carregamento ilegal

A pessoa foi presa por estar envolvida no carregamento interceptado na segunda-feira passada na Autoestrada Nacional.

Detención en Cuba © Facebook/Frank Enrique
Detenção em CubaFoto © Facebook/Frank Enrique

O chefe da Planta Comercializadora de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) em Pinar del Río foi detido nesta sexta-feira, após ser relacionado ao apreensão de um caminhão com 79 cilindros transportados de forma ilegal.

A informação foi divulgada nas redes sociais pelo usuário Frank Enrique, que expôs a conexão com o veículo interceptado na segunda-feira passada na Autopista Nacional por agentes da polícia.

Publicação do Facebook/Frank Enrique

Naquele momento, a notícia - divulgada pelo criador digital oficialista Alberto Roque Ramos - foi reproduzida pelo site Cubadebate, que não forneceu detalhes adicionais sobre as circunstâncias do fato nem nomes dos envolvidos.

No final de outubro, surgiu em um grupo de Revolico de Majagua, em Ciego de Ávila, a informação de que a venda de um cilindro de gás estava a 45.000 pesos, preço que subia para 60.000 CUP se o comprador estivesse interessado em obter a documentação do contrato.

Após um período de severa escassez, a distribuição de GLP foi reanudada na sexta-feira anterior em Cuba, após a chegada de um navio com 9.377 toneladas do produto à refinaria “Hermanos Díaz” em Santiago de Cuba. No entanto, as autoridades admitiram que a entrega não cobrirá a alta demanda acumulada no país.

Irenaldo Pérez Cardoso, diretor adjunto da União Cuba-Petróleo (CUPET), explicou ao Cubadebate que a distribuição atual busca mitigar o “vazio na entrega de combustíveis” gerado por atrasos na chegada do GLP.

Este desabastecimento afetou uma proporção significativa dos 1,7 milhões de clientes registrados na ilha. Em Havana, Artemisa e Mayabeque, 20% dos consumidores não conseguiram receber o serviço, enquanto no restante do país o número subiu para 63%, equivalente a mais de 735.000 clientes.

Como é habitual nos pretextos do regime, o funcionário justificou essas dificuldades pelas complicações nos pagamentos internacionais decorrentes das sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos.

Pérez Cardoso detalhou que agora é exigido de Cuba o pagamento de 100% antes do desembarque, o que aumenta o custo do frete e gera atrasos adicionais devido a problemas nas transferências bancárias.

Para enfrentar o déficit, a distribuição priorizará aqueles consumidores que não conseguiram acessar o gás no ciclo anterior.

Em províncias como Havana, Mayabeque e Artemisa, durante os primeiros quatro dias de entrega, o produto será exclusivamente para estes clientes, com base em listagens publicadas pelas casas comerciais, enquanto nas demais províncias, esse processo se estenderá por cinco dias.

Apesar desses esforços, a cobertura estimada de GLP com a entrega atual é de apenas 17 a 20 dias. As autoridades também estão avaliando a reorganização dos ciclos de entrega para atender de forma mais equitativa, com atenção especial às famílias vulneráveis.

Tudo isso enquanto a ilha (e suas milhões de famílias) enfrenta uma severa crise energética, com apagões diários de até 18 horas em algumas áreas, e três quedas do Sistema Elétrico Nacional nos últimos dois meses.

Perguntas frequentes sobre a crise do gás liquefeito e a prisão em Pinar del Río.

Por que foi detido o chefe da Planta de Gás em Pinar del Río?

O chefe da Planta Comercializadora de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) em Pinar del Río foi detido por sua ligação com um carregamento ilegal de 79 cilindros de gás. Esta apreensão ocorreu na Autopista Nacional, evidenciando o contrabando e a corrupção que persistem no setor energético cubano.

Qual é a situação atual do fornecimento de gás liquefeito em Cuba?

A distribuição de gás liquefeito em Cuba é insuficiente para atender à alta demanda existente. Apesar da chegada de um navio com 9.377 toneladas de GLP, estima-se que a cobertura do produto será de apenas 17 a 20 dias, deixando muitos lares sem o recurso essencial para o preparo dos alimentos.

Como a escassez de gás liquefeito e os cortes de energia afetam os lares cubanos?

A escassez de gás liquefeito e os apagões prolongados obrigam as famílias cubanas a buscar alternativas para cozinhar, como o uso de fogões a lenha ou carvão. Esses métodos são custosos e refletem a gravidade da crise energética que o país enfrenta, afetando a vida cotidiana dos cidadãos.

Quais medidas o governo cubano está tomando para melhorar a distribuição de gás liquefeito?

O governo cubano priorizou a distribuição de gás liquefeito para consumidores que não tiveram acesso ao produto no ciclo anterior. Em províncias como Havana, Mayabeque e Artemisa, foram implementadas listas para organizar a entrega, embora a solução seja temporária devido às limitações atuais no fornecimento.

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