Mais de 70 rotas de voos charter, incluindo Cuba-Nicaraguá, encerradas devido a sanções dos EUA.

Os Estados Unidos impõem sanções a executivos de agências de viagens por facilitarem a migração irregular, fechando mais de 70 rotas de voos charter, incluindo Cuba-Nicarágua, para reforçar a segurança nas fronteiras.

Avião da Conviasa (imagem de referência)Foto © Wikipedia commons

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O Departamento de Estado anunciou novas restrições de visto para altos executivos de agências de viagens que estão acusados de facilitar a migração irregular para o território dos Estados Unidos.

Estas medidas resultaram no fechamento de mais de 70 rotas de voos charter, incluindo conexões chave como as rotas entre Cuba e Nicarágua.

O comunicado emitido pela Embaixada dos Estados Unidos na Nicarágua, nesta 16 de janeiro, indica que as restrições estão direcionadas a proprietários, executivos e altos funcionários de agências de viagens na Europa, Ásia e outras regiões que colaboram no tráfico irregular de pessoas.

A política busca combater práticas de exploração e responsabilizar aqueles que lucram com a vulnerabilidade dos migrantes.

O porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, destacou que essas medidas têm um alcance global e se aplicam também a pessoas que poderiam ser elegíveis para o Programa de Isenção de Vistos.

As sanções estão enquadradas na seção 212(a)(3)(C) da Lei de Imigração e Nacionalidade dos Estados Unidos e fazem parte de uma campanha mais ampla em colaboração com governos e atores do setor privado.

Desde o início desta iniciativa, os Estados Unidos impuseram restrições de visto a pessoas de 16 países da América Latina, Oriente Médio, Europa, Ásia, norte da África e África Ocidental.

Além disso, foi conseguido o fechamento de rotas estratégicas que conectavam Nicarágua a Cuba e Líbia, pontos-chave no trânsito de voos charter relacionados à migração irregular.

A medida sublinha o compromisso dos Estados Unidos com a segurança das fronteiras e com uma migração ordenada e legal. "Ninguém deve se beneficiar de migrantes vulneráveis: nem os traficantes, nem as empresas privadas, nem os funcionários públicos", afirmou Miller no comunicado.

Essas ações fazem parte de um esforço global para desmantelar as redes que facilitam o tráfico irregular de pessoas. Além disso, reforçam a mensagem de que o governo dos Estados Unidos não tolerará atividades que coloquem em risco a vida dos migrantes ou promovam a exploração econômica no setor privado.

Com essas sanções, os Estados Unidos enviam um sinal contundente às agências e empresas envolvidas na facilitação de rotas irregulares, consolidando sua posição como líder na luta contra o tráfico de pessoas.

Os Estados Unidos já haviam imposto sanções em 2024

Em fevereiro de 2024, o governo dos Estados Unidos endureceu suas sanções contra empresas de transporte envolvidas na migração irregular de Cuba para a Nicarágua.

As medidas incluíram restrições de visto para executivos de empresas aéreas e marítimas, sob a Lei de Imigração e Nacionalidade.

Em março, apesar das sanções, aerolíneas cubanas como Cubana de Aviación e AeroGaviota reanudaram voos entre Havana e Managua. As operações foram realizadas com frotas estatais, refletindo a persistência do governo cubano em manter essas rotas, apesar das restrições internacionais.

Em junho, os Estados Unidos ampliaram suas sanções, apontando um executivo de voos charter que facilitava a migração irregular para os EUA através da Nicarágua.

As autoridades destacaram que o regime de Ortega-Murillo se beneficiava economicamente dessas atividades, reforçando seu compromisso de responsabilizar os culpados.

Em julho, o governo dos Estados Unidos sancionou executivos de agências de viagens ligadas às operações de trânsito de pessoas. Essas ações foram parte de uma estratégia mais ampla para desencorajar o transporte de migrantes em condições irregulares.

Perguntas frequentes sobre sanções dos EUA e fechamento de rotas de voos charter

Por que os Estados Unidos impuseram sanções a executivos de agências de viagens?

Estados Unidos impôs sanções a executivos de agências de viagens acusados de facilitar a migração irregular para o seu território. As restrições de visto visam combater o tráfico irregular de pessoas e responsabilizar aqueles que se beneficiam da vulnerabilidade dos migrantes. Essas medidas fazem parte de uma campanha global para desmantelar redes de tráfico de pessoas.

Quais são as rotas de voos charter afetadas pelas sanções dos EUA?

As sanções dos Estados Unidos resultaram no fechamento de mais de 70 rotas de voos charters, incluindo conexões chave como as rotas entre Cuba e Nicarágua. Essas rotas eram estratégicas no trânsito de voos relacionados à migração irregular.

Qual é o impacto dessas medidas em Cuba e na Nicarágua?

O fechamento das rotas de voos charter entre Cuba e Nicarágua impacta significativamente ambos os países, pois limita uma via importante de migração irregular. Cuba e Nicarágua são pontos-chave no tráfego de pessoas para os Estados Unidos, e essas medidas buscam reduzir a exploração dos migrantes vulneráveis. Além disso, refletem o compromisso dos EUA com uma migração ordenada e legal.

Quais leis respaldam as sanções impostas pelos Estados Unidos?

As sanções estão enquadradas na seção 212(a)(3)(C) da Lei de Imigração e Nacionalidade dos Estados Unidos. Esta lei permite restringir vistos a pessoas envolvidas em atividades que comprometam a segurança dos Estados Unidos, como o tráfico de pessoas. A política busca desarticular redes de tráfico humano com um enfoque global.

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