Os EUA anunciaram sanções a executivos de agências de viagens e operadores turísticos que facilitem a emigração irregular.

A medida agora abrangerá também agências de viagens e operadores turísticos.

Aeropuerto en Cuba © CiberCuba
Aeroporto em Cuba.Foto © CiberCuba

O governo dos Estados Unidos ampliou nesta quarta-feira sua política de sanções a executivos de agências de viagens e operadores turísticos que facilitem a imigração irregular da América Latina.

Num comunicado do Departamento de Estado foi informado que as restrições de vistos estão a ser ampliadas ao abrigo da Secção 212(a)(3)(C) da Lei da Imigração e Nacionalidade (INA), que proíbe a emissão de vistos a indivíduos que facilitem a migração irregular para os Estados Unidos e que se beneficiem da exploração de migrantes vulneráveis.

A política, que antes afetava companhias aéreas e voos fretados, agora também se aplicará aos executivos de agências de viagens e operadores turísticos que oferecem serviços de viagem projetados principalmente para migrantes irregulares.

De acordo com esta regulamentação, os diretores das agências de viagens que oferecem pacotes turísticos aos cubanos para visitar a chamada "Terra dos Vulcões" (Nicarágua) poderiam ser afetados, quando, após deixarem os passageiros em um hotel, reconhecem que nenhum deles fará qualquer passeio, mas sim empreenderão uma viagem pela América Central até a fronteira dos EUA.

"Ninguém deveria se beneficiar dos migrantes vulneráveis—nem os traficantes, nem as empresas privadas, nem os funcionários públicos, nem mais ninguém", afirmaram as autoridades estadunidenses.

Segundo o comunicado, com a implementação desta política, os Estados Unidos continuarão a utilizar "restrições de visto contra executivos de transporte inescrupulosos" como parte de uma campanha para eliminar práticas exploradoras dentro e fora do hemisfério ocidental.

Esta ação expande uma política do Departamento de Estado anunciada em fevereiro de 2024, que substituiu uma política anterior anunciada em novembro de 2023, nos termos da Seção 212(a)(3)(C) da INA.

Essa política era destinada a altos oficiais de empresas que oferecem transporte por terra, mar ou ar fretado, mas agora também abrangerá altos funcionários de agências de viagens e operadores turísticos.

Desde o ano passado, essas medidas começaram a afetar as empresas que transportam imigrantes irregulares para a Nicarágua, principalmente vindos de Cuba e Haiti.

No início de novembro de 2023, os EUA expressaram preocupação com o aumento desses voos charter de Cuba para a Nicarágua e disseram que estavam cientes de que saíam cheios de passageiros da ilha e voltavam vazios.

Duas semanas depois, o Departamento de Estado informou que estava avaliando possíveis consequências para empresas que facilitem o êxodo de cubanos através da Nicarágua por meio de voos fretados.

No passado dia 13 de junho, a Casa Branca informou que havia sancionado os transportadores que facilitavam a entrada de imigrantes irregulares no país através de voos de cubanos com destino à Nicarágua.

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