Andy Vázquez critica Díaz-Canel: "Não visitou Holguín após a explosão, mas está na Venezuela."

"Não se importa com Cuba", disse o humorista.

Andy Vázquez e Díaz-Canel na VenezuelaFoto © Andy Vázquez / Facebook

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O humorista Andy Vázquez questionou a atitude de Miguel Díaz-Canel, que na manhã desta sexta-feira viajou a Caracas para participar da cerimônia de posse de Nicolás Maduro, sem ainda ter ido a Holguín se preocupar com os 13 desaparecidos no incêndio que ocorreu na terça-feira em uma unidade militar.

"Canel não esteve em Holguín após a explosão, mas hoje está na Venezuela para apoiar seu colega ditador," destacou em seu mural de Facebook, junto a fotos do mandatário em sua chegada a Caracas.

"Não lhe importa Cuba", ressaltou.

Captura do Facebook / Facundo Viver do conto

Díaz-Canel foi um dos poucos presidentes que decidiu acompanhar Maduro em seu novo assalto ao poder. Viajou junto com o chanceler Bruno Rodríguez e outros altos funcionários, mas curiosamente sem Lis Cuesta.

Enquanto isso, em Holguín, as famílias dos 13 desaparecidos reclamam que as autoridades não fazem nada para salvar seus entes queridos.

"Não buscaram em nenhum momento. Disseram aos familiares que não podiam fazê-lo porque isso poderia causar mais explosões e não podiam arriscar mais vidas, e deveriam esperar 72 horas", denunciou Jesús Antonio, tio do recruta Liander José García Oliva, de 19 anos.

"Foram à casa dos pais e comunicaram que não havia chances de vida, que se alguém estivesse vivo já teria tentado sair. Me dói porque os deram por mortos sem procurá-los", acrescentou.

Em uma demonstração de desprezo e falta de empatia, Díaz-Canel não mostrou interesse pela situação dos moradores da localidade de Melones, que vivenciaram momentos de pânico e angústia quando começaram a ouvir as explosões devido ao incêndio no depósito de munições. No início, a reação da maioria foi permanecer em suas casas, mas logo decidiram que o melhor a fazer era fugir.

Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram o medo e a inquietação dos moradores enquanto ouviam as explosões e ninguém sabia a causa. A gente saiu de suas casas e começou a correr enquanto se chamavam uns aos outros.

"Ó meu Deus! Vamos todos, vamos embora daqui!", gritava uma mulher alarmada.

Horas depois do ocorrido, o Ministério das Forças Armadas Revolucionárias (MINFAR) confirmou que há 13 desaparecidos: quatro oficiais e nove soldados, que muitos já consideram mortos.

O trágico incidente foi provocado por um incêndio enquanto se classificavam munições envelhecidas.

Perguntas frequentes sobre a crítica de Andy Vázquez a Miguel Díaz-Canel e a situação em Cuba e na Venezuela

Por que Andy Vázquez criticou Miguel Díaz-Canel?

Andy Vázquez criticou Miguel Díaz-Canel por não visitar Holguín após a explosão em uma unidade militar que deixou 13 desaparecidos, e ao invés disso, viajar para a Venezuela para apoiar Nicolás Maduro em sua cerimônia de posse. Vázquez expressou seu descontentamento nas redes sociais, apontando que Díaz-Canel parece se preocupar mais com assuntos internacionais do que com a tragédia em Cuba.

O que aconteceu em Holguín que gerou críticas a Díaz-Canel?

Em Holguín, ocorreu um incêndio em um armazém de munições do Exército que deixou 13 pessoas desaparecidas, o que gerou críticas a Díaz-Canel por não mostrar interesse imediato na tragédia e priorizar sua viagem à Venezuela. O incidente tem sido um dos mais questionados devido à falta de informações claras e à dor das famílias afetadas.

Por que Díaz-Canel visitou a Venezuela em vez de atender à crise em Holguín?

Díaz-Canel viajou para a Venezuela para assistir à cerimônia de posse de Nicolás Maduro, a quem apoia firmemente apesar das acusações de fraude eleitoral. Este ato de apoio internacional tem sido criticado por muitos cubanos que acreditam que o presidente deveria ter priorizado a crise em Holguín.

Qual tem sido a resposta do governo cubano diante da explosão em Holguín?

O governo cubano, através de Díaz-Canel e do primeiro-ministro Manuel Marrero, emitiu mensagens de condolências nas redes sociais, mas essas respostas foram tardias e consideradas insuficientes pela população. A falta de ação imediata e a escassa informação oficial geraram desconfiança e críticas entre as pessoas, que consideram que o governo não está lidando adequadamente com a situação.

Como a população cubana tem reagido às ações de Díaz-Canel?

A população cubana reagiu com críticas e descontentamento em relação a Díaz-Canel por sua gestão das crises internas e seu foco em assuntos internacionais, como seu apoio a Nicolás Maduro. O sentimento geral é de indignação devido à percepção de abandono e à falta de atenção a problemas urgentes dentro de Cuba, como a situação em Holguín e a crise econômica que o país enfrenta.

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