Joel Archer Santos, presidente da Corporación de Aviación de Cuba (Cacsa), confirmou à imprensa oficial a crise que abala a companhia Cubana de Aviación, que neste momento possui apenas dois aviões operacionais na Ilha.
Em março de 2024, a companhia aérea informou que antes do final do ano iria recuperar três aeronaves de sua frota, duas de longo alcance e uma de médio porte. Mas isso não ocorreu.
A culpa, como costuma ser habitual, é atribuída por Archer Santos ao embargo dos Estados Unidos, apesar de que o que eles chamam de "bloqueio" não é novo e não começou ontem. Segundo ele, a crise da Cubana de Aviación se deve ao fato de que o regime vive dia a dia e, quando um avião sofre uma avaria, a peça necessária precisa ser "produzida" e aguardar a sua chegada do exterior.
Isso obriga a manter paralisadas aeronaves remodeladas, à espera de que chegue uma peça necessária para voar. Também afirma que tiveram que abortar a compra de um avião por causa, como não poderia deixar de ser, do embargo.
Para contornar a crise, optaram por conexões com voos internacionais para as províncias de Camagüey, Holguín e Santiago de Cuba. No entanto, nada puderam fazer para conectar com Guantánamo ou Manzanillo, pontos do país para os quais não têm uma solução imediata, como a que foi dada a Gerona, a capital da Ilha da Juventude, que voltou a se reconectar com Havana com duas frequências semanais. No ar, Archer Santos deixa a promessa de melhorias a curto prazo.
Após mais de um ano suspenso, em 19 de dezembro de 2024, foi restabelecido o serviço aéreo entre a Ilha da Juventude e Havana. A rota aérea Havana-Gerona terá duas frequências semanais, às terças e quintas-feiras.
O preço do bilhete é de 300 CUP, “até o momento”, esclareceu a Islavisión, e a implementação conseguiu unificar a lista de espera com a de viajantes.
É importante lembrar que no início de dezembro de 2024, aterrissou no Aeroporto Internacional José Martí a aeronave IL 96 300 da Cubana de Aviación, após receber uma manutenção integral na Rússia que levou mais de um ano.
A falta de aviões da Cubana de Aviación não é algo novo. Dessa crise, beneficiaram-se companhias aéreas estrangeiras como a Air Europa, que alugou aviões para Cuba. Também companhias aéreas norte-americanas que ligam diferentes pontos dos Estados Unidos a vários aeroportos cubanos, incluindo várias frequências para Havana.
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