Rick Scott alerta sobre a possível remoção de Cuba da lista de países patrocinadores do terrorismo

Para Scott, retirar Cuba dessa lista seria “ignorar o perigo que representa” e “fazer um favor aos inimigos dos Estados Unidos na Rússia, Irã e na China comunista”.

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O senador Rick Scott expressou sua preocupação com a possibilidade de que a administração de Joe Biden retire Cuba da lista de países patrocinadores do terrorismo antes que Donald Trump assuma novamente a presidência no próximo dia 20 de janeiro.

O temor surge a partir de uma carta enviada recentemente ao presidente Biden por um grupo de legisladores democratas.

Na carta, congressistas como Barbara Lee, Jim McGovern, Gregory Meeks e Joaquín Castro, entre outros, solicitaram ao mandatário que reconsiderasse a classificação de Cuba como Estado patrocinador do terrorismo, argumentando que o alívio das sanções ajudaria a mitigar as dificuldades econômicas e humanitárias na ilha.

Este pedido, que os legisladores justificaram pelo impacto dos apagões, a crise energética e desastres naturais recentes como o furacão Rafael, gerou uma forte reação por parte de Scott, que considera que essa medida colocaria em risco a segurança nacional dos Estados Unidos e fortaleceria o regime comunista de Miguel Díaz-Canel.

Para Rick Scott, qualquer tentativa de remover Cuba dessa lista seria um erro estratégico.

“Os apelos de última hora da administração Biden por parte de simpatizantes comunistas do Partido Democrata para que o Presidente Biden retire Cuba da lista de Estados patrocinadores do terrorismo não são apenas ignorantes, mas perigosos”, afirmou.

Segundo o senador, esta medida apenas serviria para fortalecer o regime de Díaz-Canel e aumentar a instabilidade no hemisfério.

“Eliminar o regime de Castro/Díaz-Canel da lista de estados patrocinadores ignora o fato de que abriga terroristas, fornece uma força policial secreta a Maduro para oprimir o povo venezuelano e abriga uma estação de espionagem do Partido Comunista Chinês a 90 milhas da Flórida”, acrescentou o senador.

O senador pela Flórida também ressaltou que as políticas de apaziguamento em relação ao regime cubano sempre foram contraproducentes.

“Os anos de apaziguamento da administração Biden-Harris em relação ao regime comunista ilegítimo de Cuba alimentaram o terrorismo e a instabilidade no hemisfério ocidental e colocaram em risco a segurança nacional dos Estados Unidos”, enfatizou.

O senador acrescentou que o regime cubano não mostrou nenhum indício de mudança em sua política repressiva e autoritária.

“O regime de Díaz-Canel continua a violar os direitos humanos, mantém mais de mil presos políticos submetidos a torturas e apoia ativamente regimes autoritários como o de Nicolás Maduro”, acrescentou.

Rick Scott também destacou que, com o eventual retorno de Donald Trump à presidência em janeiro, não deve haver mudanças na política dos Estados Unidos em relação a Cuba "que promovam o fracassado apaziguamento de Biden".

"Sacar Cuba da lista de Estados Patrocinadores do Terrorismo apenas colocaria em maior risco a segurança nacional dos Estados Unidos e lutarei com todas as minhas forças para garantir que isso não aconteça", concluiu em uma longa postagem no X.

Em janeiro de 2021, poucos dias antes de deixar a Casa Branca, Donald Trump reintegrou Cuba à lista de países patrocinadores do terrorismo, um status que implica severas restrições econômicas e diplomáticas.

A administração Trump justificou essa medida alegando que Cuba oferecia refúgio a fabricantes de bombas e terroristas vinculados ao Exército de Libertação Nacional (ELN) da Colômbia, apoiava movimentos insurgentes na América Latina e colaborava com organizações como o Hezbollah.

O subsecretário de Estado para o Hemisfério Ocidental, Brian Nichols, declarou em maio deste ano que a designação de um país como patrocinador do terrorismo não é negociável.

"É um processo legal que envolve vários departamentos do governo e culmina em uma decisão do secretário de Estado," explicou Nichols.

No entanto, a carta dos legisladores democratas reaviva o debate sobre a inclusão de Cuba nessa lista.

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