Uma pessoa afetada pelo furacão Oscar em Guantánamo, cuja casa sofreu danos severos, denunciou indignada que o governo lhe vendeu um colchão por 735 pesos.
A mulher, residente em Baracoa, mostrou em um vídeo o colchão - quase uma colchoneta, devido a sua finura - e especificou que é para uma pessoa que padece de câncer.
"Se dobrou, porque nem serve", apontou, irritada, antes de adicionar que havia prometido um colchão camero e no final lhe venderam "essa porcaria".
O homem que fez a gravação assegurou que esses colchões foram doados por outros países, porque o governo cubano "não dá nem um tostão".
"Vejam o que ele faz com os moradores, com os afetados, vendendo-lhes os colchões", ressaltou.
O vídeo foi compartilhado no mural do Facebook do cantor Saúl Manuel, que criticou o regime por vender as doações que recebe para os afetados que perderam tudo.
"Não vou entrar em detalhes sobre as ajudas que são oferecidas nos Estados Unidos ou em qualquer país que se preze sempre que ocorre um desastre natural", afirmou.
No dia 11 de novembro, a jornalista oficialista Idolkis Argüelles Berdión explicou que estavam sendo distribuídos colchões para a população afetada pela passagem do furacão Oscar nos municípios de San Antonio del Sur, Imías e Baracoa.
A repórter compartilhou em seu Facebook fotos de numerosas colchões que chegaram a Guantánamo para as vítimas de Oscar.
De acordo com o que declarou na ocasião Rafael Jiménez Martínez, chefe comercial do grupo empresarial de comércio, a rede de comércio varejista da província havia recebido cerca de 5.213 artigos, os quais seriam entregues como doação ou venda.
"Os donativos são totalmente gratuitos; e o restante é vendido com um desconto de 50%, custeado pelo orçamento do Estado", precisou.
A informação acrescentava que a distribuição é responsabilidade dos conselhos de defesa municipais, que determinam a ordem de entrega dos colchões, dando prioridade a crianças com patologias associadas, pessoas acamadas, puérperas e assistidos sociais.
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