Díaz-Canel afirma que o governo está "preparado e organizado" para enfrentar o furacão Rafael

Díaz-Canel afirma que Cuba está pronta para enfrentar o furacão Rafael, apesar das críticas à gestão anterior. Ele destaca medidas para minimizar danos e proteger a população, embora haja ceticismo público.

Gobernante cubano afirma que el país está listo para enfrentar al ciclón Rafael © Collage CiberCuba y Presidencia de Cuba
Governante cubano afirma que o país está pronto para enfrentar o ciclone Rafael.Foto © Colagem CiberCuba e Presidência de Cuba

Com a memória ainda fresca dos danos e mortes causados pelo furacão Oscar em Guantánamo, e diante da iminente chegada da tempestade tropical Rafael, que se espera que atinja o solo cubano como ciclone, o governante Miguel Díaz-Canel assegurou nesta terça-feira que o país está "preparado e organizado" para enfrentar esse novo perigo, uma afirmação que contrasta com a dura realidade da gestão governamental na recente crise.

Díaz-Canel afirmou, por meio da conta oficial da presidência de Cuba na rede social X, durante a reunião para revisar as ações de mitigação dos efeitos do furacão Rafael, que as fases para enfrentar o ciclone foram preparadas com antecedência, ressaltando a “experiência” do país na gestão de desastres naturais.

A prioridade, segundo o mandatário, é minimizar os danos e, em seguida, proceder com a recuperação, algo que, no recente passado, tem sido alvo de críticas devido à falta de efetividade e eficácia no atendimento às áreas mais afetadas e vulneráveis.

No entanto, durante a reunião, o governante reconheceu que, após o impacto de Rafael em Cuba, os trabalhos de recuperação serão realizados “independentemente da situação complexa que estamos vivendo no país”, insinuando que a reparação dos danos pode se estender além do habitual.

Da mesma forma, Díaz-Canel enfatizou a importância de tomar todas as medidas para proteger a população e preservar seus bens materiais, preparar os centros de evacuação e colocar em funcionamento os geradores nos centros mais sensíveis.

Além disso, ressaltou a necessidade de priorizar a comunicação presencial nas comunidades, devido aos persistentes apagões que os cubanos enfrentam, destacando que, em meio a cortes de energia e dificuldades tecnológicas, esse tipo de contato direto é essencial para garantir que a informação chegue a todos os cidadãos de maneira eficaz, a fim de não repetir os erros cometidos em Guantánamo durante a passagem do furacão Oscar.

O mandatário orientou a acelerar a entrega de combustíveis, fazer um balanço de recursos e ter brigadas prontas para a recuperação de serviços como eletricidade, comunicações e água, enquanto continuam os trabalhos de recuperação em Guantánamo.

Também destacou a necessidade de antecipar as colheitas, adotar medidas de proteção em áreas costeiras e assegurar as coberturas leves para minimizar danos, com especial atenção às famílias vulneráveis.

As declarações do mandatário Díaz-Canel contrastam com a realidade enfrentada pelos cubanos, que inundaram as redes sociais com críticas ao regime pela lentidão na adoção de medidas diante da iminente passagem de Rafael pelo ocidente da ilha.

Moisés Leandro afirmou na rede social X que, embora as autoridades tenham orientado a coleta de água para o ciclone, na parte alta de Cabañas, Mariel, não é fornecida há mais de 20 dias.

“O saco de carvão custa 1200 pesos e o barril de água 3000; tudo é imagem e mentiras para enganar estrangeiros e tolos”, expressou em sua crítica à gestão da situação.

Por sua vez, Frank Pérez comentou no X: “Sim, preparados, como em Baracoa, onde deixaram as pessoas desamparadas e sem as informações necessárias.”

Também em X, Will González destacou: “Ah sim, deixando milhares sem teto, sem recuperar a maioria das coisas que perderam e ainda em abrigos.”

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