A mãe de Nesky Gabriel Escalona Ortíz, um jovem cubano que foi reportado como desaparecido enquanto cumpria o Serviço Militar e foi encontrado morto seis dias depois, confrontou os oficiais durante o sepultamento do rapaz.
Um vídeo compartilhado no Facebook pelo usuário La Tijera mostra como, durante o enterro, os militares ficaram parados à sombra de algumas árvores, longe da família.
"Perderam-se todos. Eu os entreguei vivos e vejam como entregam meu filho a mim, por defender a revolução", questionou a mãe angustiada.
"Meu filho estava doente e não o levaram a um hospital, nenhum, nenhum. (...) Eu perguntei e ninguém o levou a um hospital", gritou, depois que o caixão foi colocado.
Por sua parte, o pai do jovem falecido expressou que os recrutas no Serviço Militar estão apenas pensando na hora do almoço e na comida, devido à fome que enfrentam.
"Maltratam-nos, 24 horas por dia de guarda sem comida nem nada, com um AKM que não podem nem se agachar, nem sentar, e é por prazer. O verde para quê, para defender o país, não para abusar das crianças. Este país é uma vergonha, comunistas de m..." disse entre lágrimas.
Nesky Gabriel tinha 19 anos e morava no município de Habana del Este. Cumpria o Serviço Militar em Santa Cruz del Norte, Mayabeque. Foi encontrado pendurado perto de sua unidade, já em estado de decomposição.
O perfil de Facebook La Tijera afirma que os pais do rapaz culpam os chefes e oficiais pela sua morte, uma vez que ele havia denunciado os maus-tratos a que eram submetidos ele e os demais recrutas que estavam lá contra a sua vontade.
Mairelis Guerra Escalona, prima de Nesky, revelou no Facebook que tudo indica que ele não se suicidou, mas foi assassinado.
"Ele foi enforcado perto da unidade onde estava fazendo sua guarda designada", afirmou, e precisou que "estava de guarda na unidade e no dia seguinte desapareceu, e seis dias depois foi encontrado sem vida e em estado de decomposição."
Em outro post, Mairelis relatou que o corpo foi encontrado quase destroçado por aves de rapina.
"Assim atua o governo castrista, obrigando os jovens a cumprir o serviço militar obrigatório para depois assassiná-los e fazê-los desaparecer. Abaixo Díaz-Canel, abaixo o abuso contra os jovens e prisioneiros cubanos", assinalou.
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