O general de brigada da reserva das Forças Armadas Revolucionárias (FAR) de Cuba, Juan Antonio Hernández Hernández, faleceu nesta segunda-feira, segundo informou o Noticiero da Televisão Cubana.
Hernández, que teve uma extensa trajetória militar no país, destacou-se por sua participação em diversas missões e responsabilidades dentro das FAR, particularmente no Exército Juvenil do Trabalho (EJT), cujas nefastas brigadas permanecem na memória de muitos cubanos que foram punidos ou obrigados a duras tarefas agrícolas como parte de seu serviço militar.
Hernández Hernández se juntou desde muito jovem às atividades revolucionárias, participando da Associação de Jovens Rebeldes e da Campanha de Alfabetização de 1961.
Mais tarde, ingressou no Serviço Militar Geral, de onde iniciou uma carreira que o levaria a ocupar diferentes cargos nas Forças Armadas. Um de seus primeiros papéis foi como chefe de pelotão de artilharia, destacando-se rapidamente por sua capacidade de liderança.
Em 1973, quando foi criado o Exército Juvenil do Trabalho, Hernández foi designado chefe de Seção de Transporte e Armamento em Camagüey, assumindo tarefas logísticas e estratégicas dentro dessa força militar dedicada a atividades produtivas.
Em 1988, sua carreira deu uma guinada quando foi nomeado chefe da Seção Política do EJT, e seis anos depois assumiu o cargo de chefe do Estado Maior desta mesma instituição.
Ao longo de sua carreira, Hernández foi condecorado com várias distinções, como as medalhas da Alfabetização e as de Ignacio Agramonte em suas três classes. Além disso, participou de congressos do Partido Comunista de Cuba e da União de Jovens Comunistas, consolidando sua figura no âmbito político-militar cubano.
O falecimento de Hernández se junta às recentes mortes de outros altos comandos militares em Cuba, como os generais Juan Israel Cervantes e Romárico Sotomayor García, que também desempenharam papéis destacados dentro das FAR.
A finais de setembro de 2019, exatamente há cinco anos, faleceu em Havana o general de corpo de exército da reserva, Rigoberto García Fernández, que ocupou o cargo de chefe do EJT por mais de 20 anos.
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