A opositora venezuelana María Corina Machado compartilhou em suas redes sociais um pequeno vídeo onde várias mulheres cubanas, de diferentes profissões e em diferentes partes do mundo, mostraram apoio à sua luta pela liberdade na Venezuela.
“Minhas amigas cubanas do coração, obrigada! Se há um povo que sofreu décadas de dor por causa do comunismo, é o seu”, começou dizendo em seu texto Machado.
A líder opositora significou que “a luta dela é a nossa” e advertiu que “as queremos e admiramos seu valor”.
Além disso, indicou que “hoje as mulheres do mundo estão conectadas em uma rede imparável pela dignidade, pela democracia e pela liberdade. Sem fronteiras, por nossas famílias e nosso direito de viver livres. Até o final!”.
O clipe de dois minutos exatos é representativo da heterogeneidade da mulher cubana, com algumas que são visíveis na luta frontal contra o regime de Havana e outras que se destacam desde suas profissões.
É assim que é possível ver, dando seu apoio à oposição venezuelana, caras conhecidas como as atrizes Susana Pérez e Beatriz Valdés, as ativistas Rosa María Payá, Carolina Barreiro, Grecia Ordoñez, Anamelys Ramos, também as cantoras Haydée Milanés, Bea César e Aymée Nuviola, a jornalista Camila Acosta, junto com as modelos Rachel Vallori e Gigi Maduq, assim como empresárias e empreendedoras cubanas.
A mensagem chega poucos dias depois do reconhecimento por parte do Parlamento Europeu do candidato opositor Edmundo González Urrutia como "presidente legítimo" da Venezuela.
Mediante uma resolução não vinculativa, que foi aprovada com 309 votos a favor do Partido Popular Europeu, dos ultraconservadores e da extrema direita; além de 201 votos contra e 12 abstenções, o texto reconhece María Corina Machado como "líder das forças democráticas".
No dia 4 de setembro, María Corina Machado, a quem o exílio cubano de Miami pretende nomear para o Prêmio Nobel da Paz, manteve um diálogo com Rosa María Payá, líder do Cuba Decide e uma das figuras mais destacadas da oposição ao regime de Cuba.
A conversa entre Machado em Caracas e Payá em Miami aconteceu ao vivo e foi transmitida por diversas plataformas, alcançando um grande público.
Na conversa, Machado explicou que o processo eleitoral foi um desafio porque conseguiram colocar a candidatura de Edmundo González apesar da repressão de Nicolás Maduro, sem ter dinheiro suficiente para a campanha e sem ter assessores para esse processo. "Foi algo realmente histórico", destacou.
"Estamos em uma fase muito complexa porque o regime de Maduro está agarrado ao poder a qualquer custo, usando os mecanismos mais vilões, agora perseguindo Edmundo, com uma ordem de captura contra o presidente eleito. Este é o momento em que temos que confiar que temos uma estratégia robusta. Estamos unidos e vamos continuar avançando."
Em outras ocasiões, Machado se referiu à ingerência cubana na Venezuela, dizendo que esta tem impacto nos métodos de repressão, espionagem, perseguição e tortura que o regime de Nicolás Maduro aplica sobre manifestantes, jornalistas, ativistas e opositores.
A também líder de Vente Venezuela - e figura chave na conformação da Plataforma Unitaria nas eleições presidenciais de 2024 - assegurou que a assessoria do regime cubano em matéria repressiva é conhecida há muito tempo e tem sido documentada por organizações internacionais e não governamentais.
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