Senadores da Flórida pedem para aumentar a recompensa por Nicolás Maduro para 100 milhões.

O objetivo é tomar ativos já confiscados nos Estados Unidos de Maduro e seus aliados, os quais somam cerca de 450 milhões de dólares.

Maduro en el CNE © X/Delcy Rodríguez
Maduro no CNEFoto © X/Delcy Rodríguez

Os senadores republicanos da Flórida, Rick Scott e Marco Rubio, apresentarão um projeto de lei no Senado dos Estados Unidos que propõe aumentar de 15 para 100 milhões de dólares a recompensa por informações que levem à prisão do ditador venezuelano Nicolás Maduro.

Segundo o El Nuevo Herald, a Lei Stop Maduro viabiliza que o governo dos EUA não utilize dinheiro dos contribuintes para pagar a recompensa, após a acusação apresentada em 2020 pelo Departamento de Justiça americano.

O objetivo é tomar ativos já confiscados nos Estados Unidos de Maduro e seus aliados, os quais somam cerca de 450 milhões de dólares, segundo o escritório de Scott, que publicou a intenção na rede social X.

O senador Rubio igualmente utilizou a plataforma para divulgar o projeto.

No início deste mês, as autoridades federais confiscou um avião frequentemente utilizado por Maduro, avaliado em 13 milhões de dólares, que havia sido retido na República Dominicana.

O congressista republicano da Flórida, Mario Díaz-Balart, apresentará uma legislação bipartidária complementar na Câmara dos Representantes, com o apoio da democrata Debbie Wasserman Schultz e dos republicanos Carlos Giménez, María Elvira Salazar e Mike Waltz, além da representante de Porto Rico Jenniffer González Colón e do republicano Chris Smith de Nova Jersey, expôs o referido meio de comunicação.

O governo dos EUA e outros a nível mundial acusaram Maduro de roubar as eleições presidenciais de 28 de julho com a ajuda do Conselho Eleitoral e do Tribunal Supremo da Venezuela, ambos sob seu controle.

Apesar da evidência de que perdeu para o candidato opositor Edmundo González, Maduro foi declarado vencedor. A oposição publicou online os recibos de votação de mais de 80 por cento das máquinas, mostrando que o primeiro ganhou com pelo menos 67 por cento dos sufrágios.

No entanto, o Conselho Eleitoral ainda não divulgou os resultados oficiais, apesar dos repetidos pedidos de governos estrangeiros.

“O povo venezuelano votou esmagadoramente por um novo dia de liberdade e democracia em 28 de julho, quando elegeu Edmundo González, em um esforço liderado pela oposicionista María Corina Machado”, declarou o senador Scott.

"Está claro que Maduro não renunciará por conta própria, e exorto meus colegas a apoiar este projeto de lei para libertar a Venezuela e o mundo da opressão de Maduro e permitir que o presidente eleito González traga de volta a democracia, a liberdade e as oportunidades para o país", acrescentou citado pelo El Nuevo Herald.

González deveu se exilar na Espanha desde o último domingo após receber ameaças de prisão por parte de funcionários do governo de Maduro.

Em um vídeo publicado na quarta-feira, afirmou que foi obrigado a assinar uma carta aceitando a suposta vitória eleitoral de Maduro para poder sair do país, sob a ameaça de enfrentar prisão.

“O firmava ou enfrentava as consequências”, relatou sobre o encontro na residência do embaixador espanhol em Caracas. “Foram horas muito tensas de coerção, chantagem e pressão”.

Na semana passada, o Tesouro dos EUA sancionou 16 funcionários venezuelanos do Conselho Nacional Eleitoral e do Tribunal Supremo que ajudaram Maduro na fraude eleitoral.

Na quinta-feira, por sua vez, o Parlamento Europeu reconheceu oficialmente González como presidente eleito, uma medida que a administração Biden ainda não tomou, sem explicação oficial, lembrou o El Nuevo Herald.

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