Alberto Fujimori, ex-presidente do Peru (1990 - 2000), faleceu nesta quarta-feira aos 86 anos após uma prolongada luta contra o câncer.
A notícia foi confirmada por sua filha, Keiko Fujimori, em uma publicação na rede social X: "Depois de uma longa batalha contra o câncer, nosso pai, Alberto Fujimori, acaba de partir ao encontro do Senhor".
Agregou que: “Pedimos a quem o apreciou que nos acompanhe com uma oração pelo eterno descanso de sua alma. Obrigado por tanto, papai!”.
Segundo o diário de notícias El País, o ex-presidente Fujimori, que governou o Peru com punho de ferro nos anos noventa, permanecia na casa de sua filha no distrito limeiro de San Borja.
O ex-mandatário, condenado a 25 anos de prisão como responsável indireto pelas massacres de Barrios Altos e La Cantuta, foi liberado em dezembro de 2023 após uma decisão do Tribunal Constitucional que confirmou um indulto humanitário concedido em 2017.
Esta resolução contraria uma ordem da Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH), colocando o Governo em uma posição de desrespeito perante o sistema interamericano.
O ex-mandatário foi indultado pelo ex-presidente Pedro Pablo Kuczynski, pouco depois de o então governante se salvar de ser destituído pelo Congresso graças ao apoio de legisladores dissidentes do partido Fuerza Popular, da ex-candidata presidencial Keiko Fujimori.
Kuczynski, acossado por acusações de corrupção e denúncias de compra de votos no Congresso, renunciou em março de 2018 e o vice-presidente Martín Vizcarra assumiu o poder.
Durante este ano, Fujimori compartilhou uma série de vídeos nas redes sociais, numa tentativa de melhorar sua imagem em relação a vários fatos que o envolvem.
Além disso, ele se juntou à organização política liderada por sua filha. Foi em julho que Keiko declarou que seu pai seria o principal representante do fujimorismo para as eleições gerais de 2026, apontou El País.
Há seis anos, o ex-presidente peruano Fujimori, após ser indultado de uma condenação por abusos aos direitos humanos, informou que os médicos lhe detectaram um tumor em um de seus pulmões e descartou voltar à atividade política.
Naquela época, o ex-presidente, em declarações a um canal de televisão local, afirmou também que a disputa de seus filhos e herdeiros políticos pelo controle do maior partido de oposição "é momentânea".
“Detectaram um pequeno tumor em um dos pulmões (...) felizmente os marcadores tumorais são normais. Devo estar sob observação a cada quatro meses”, disse Fujimori, na ocasião com 79 anos de idade, em frente às instalações do instituto estatal Instituto Nacional de Enfermedades Neoplásicas localizado em um distrito limeiro.
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