O governo do Peru reconhece Edmundo González Urrutia como presidente eleito da Venezuela.

O chanceler peruano disse que ele mesmo pôde verificar o resultado de "mais de 70% das atas disponibilizadas em um site" e que apontam como contundente vencedor o candidato opositor venezuelano.


O governo do Peru reconheceu Edmundo González como o legítimo vencedor das eleições do último domingo na Venezuela, em meio a um deterioro na estabilidade desse país devido a denúncias de fraude eleitoral por parte do regime de Nicolás Maduro.

O chanceler Javier González-Olaechea disse que "com mais de 70% dos atos divulgados em um site" que ele mesmo pôde verificar, "resulta com toda clareza que é o presidente eleito da Venezuela com mais de 30 pontos de diferença".

"Esta posição é compartilhada por numerosos países, governos e organismos internacionais", disse o ministro das Relações Exteriores peruano.

Sobre Maduro, garantiu que, "a partir da fraude perpetrado" nas eleições de domingo, o Peru o considera "uma pessoa que deseja, pela via de uma ditadura, perpetuar-se no poder".

"A situação é muito lamentável, teríamos esperado que não ocorresse, mas o deterioro das condições democráticas praticamente tem sido estrondoso", criticou.

Estas declarações surgem em um crescente clima de instabilidade na Venezuela, onde, nas primeiras horas de segunda-feira, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciou que Maduro ganhou por pouco mais de 704.114 votos em relação a González Urrutia, candidato da coalizão opositora majoritária, quando ainda faltava totalizar 20% das atas de escrutínio.

Isso se traduz em 2.394.268 votos, cujo destino é desconhecido e que podem mudar os resultados finais. Além disso, María Corina Machado, da aliança oposicionista, afirmou que González Urrutia ganhou a Presidência com uma ampla margem e criou uma página na web na qual subiu 73% dos atos eleitorais para reforçar sua reclamação.

Após as fortes críticas pelo aparente roubo da eleição, o governo de Nicolás Maduro exigiu que Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai retirassem seus "representantes em território venezuelano".

Maduro, segundo um comunicado oficial, também decidiu "retirar todo o pessoal diplomático das missões" nesses sete países latino-americanos que criticaram sua turva reeleição.

O povo venezuelano continua nas ruas do país exigindo que Maduro se vá e respeite o resultado da eleição.

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