Mais de 9.000 cubanos pediram refúgio no México no decorrer deste ano, o que mantém Cuba em segundo lugar entre os países emissores de emigrantes, superada apenas por Honduras.
De janeiro a julho deste ano, 9.914 cubanos em situação irregular solicitaram proteção às autoridades mexicanas em sua travessia rumo aos Estados Unidos, segundo a Comissão Mexicana de Ajuda a Refugiados (COMAR).
A instituição não ofereceu dados sobre o número de casos resolvidos, nem sobre aqueles que receberam uma resposta positiva. Em seu relatório correspondente a junho, o ente apontou que dos 8.833 cubanos em situação irregular que solicitaram proteção às autoridades mexicanas, 2.339 casos haviam sido resolvidos, dos quais 1.314 obtiveram a condição de refugiados.
Desde 2019 -quando começou a administração do governo do presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador- até julho deste ano, 69.269 cubanos chegaram ao território mexicano e pediram a condição de refugiado.
Em comparação com anos anteriores, o mês de julho registrou uma queda no número de solicitantes de asilo. Se em 2022 o número era de 8.593 solicitações, e em 2023 subiu para 12.174, em julho deste ano as autoridades mexicanas contabilizam apenas 5.204 pessoas nessa condição.
Honduras, com 19.803 solicitantes de asilo, supera o dobro de Cuba. Seguem-se Haiti (4.022), El Salvador (3.842), Guatemala (2.671) e Venezuela (2.549).
As cifras são eloquentes da crise migratória que a Ilha continua a sofrer, apesar da diminuição no número de migrantes que optam por fazer a “travesia” centro-americana após a aprovação em janeiro de 2023 do parole humanitário implementado pela administração Biden.
Durante junho, segundo os dados revelados nesta segunda-feira pela Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP),um total de 17.563 cubanos entraram pelas fronteiras dos Estados UnidosO valor representa a menor receita nos primeiros nove meses do ano fiscal americano, que começou em 1º de outubro passado.
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