Uma denúncia resultou na prisão de várias pessoas no fim de semana nas proximidades da praia de Juan Francisco, em Camajuaní, (Villa Clara). Os eventos remontam à madrugada de sexta para sábado passado, quando um grupo de moradores da cidade, em sua maioria homens jovens, mas também mulheres e crianças, estavam se preparando para sair ilegalmente de Cuba, mas foram interceptados pela polícia e detidos.
Em Camajuaní, não há dúvidas de que a eficácia policial se deveu "a uma denúncia". Segundo explicou a um morador da região ao CiberCuba, na cidade comenta-se que alguém ouviu os integrantes do grupo planejando a saída ilegal pelo quintal de uma casa e alertou a Polícia Nacional Revolucionária (PNR), que abortou a operação na praia de Juan Fanguito, como é popularmente conhecida, devido ao fato de que fica infernalmente enlameada quando chove.
Entre os detidos haveria uma mulher com pendências com a justiça. Segundo um vizinho consultado, ela estava condenada e aguardava entrar na prisão. Outra pessoa menciona que ela estava à espera de julgamento.
Também fornece detalhes sobre o ocorrido o perfil do Facebook de La Tijera, que destaca o "hermetismo" deixado após a detenção de um grupo de jovens que planejava deixar o país pela praia de Juan Francisco.
Neste caso, La Tijera situa a detenção na noite de quinta-feira, na estrada que conduz à praia Juan Francisco, onde um grupo de jovens que planeava sair rumo a Miami em uma embarcação foi detido.
O lamentável de tudo isso é que até o momento ainda estão detidos, inclusive mães com seus filhos. A quantidade não é precisa. Familiares falam de cerca de 20, um número impreciso", insiste a publicação que detecta uma mudança de atitude do regime, que ultimamente vinha fazendo vista grossa e "estimulando o êxodo de cubanos por qualquer meio".
A grande questão, de acordo com La Tijera, é o que pretendem fazer agora com essas pessoas que estão detidas há mais de 48 horas. "É muito estranho o sigilo neste caso. Menos silêncio para haver mais justiça", clama o post do Facebook.
Os últimos balseros dos quais se tem notícias chegaram a desembarcar em 1 de julho em Cayo Hueso, Flórida. Um grupo de 15 cubanos tocou terra em uma "embarcação caseira" na área da Praia de Smathers, conforme detalhado por Samuel Briggs II, chefe do Setor de Miami da Patrulha da Fronteira. Além disso, ele avisou que serão processados para deportação.
Em 30 de junho, sete balseros cubanos chegaram às costas do México, apesar do mau tempo provocado pela proximidade do furacão Beryl. Eles tocaram terra em Isla Mujeres, a leste do país. O grupo desembarcou perto do hotel MIA Reef, no norte do famoso destino turístico perto da península de Yucatán, diante do olhar curioso dos turistas, conforme relatório da Nona Região Naval da Marinha do México, pertencente à Secretaria da Marinha. Todos os ocupantes da embarcação chegaram bem.
Em maio passado, quatro sobreviventes de um naufrágio, no qual quatro outros cubanos morreram, foram resgatados por pescadores mexicanos depois de passarem 34 dias à deriva no mar alto. O governo mexicano concedeu-lhes cartões de residência por razões humanitárias.
No fechamento de 2023, as autoridades da Flórida contabilizaram 3.836 balseros cubanos chegados às suas costas.
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