Uma cubana foi presa em Miami-Dade acusada de participar de um esquema de fraude ao Medicare, depois de alegadamente subornar rotineiramente pacientes para fazerem reclamações fraudulentas ao programa de seguro médico, de acordo com um relatório policial.
Pelo menos cinco beneficiários do plano de cobertura de saúde identificaram Margelys Moreira Pino, de 50 anos, como a pessoa que lhes pagou entre $200 e $600 em subornos, apenas por asistir a serviços de reabilitação psicossocial, conforme relatória do canal Local 10 News.
A ordem de prisão, assinada na terça-feira passada pelo juiz de circuito do condado de Miami-Dade, Miguel M. de la O, indica que Moreira cometeu a fraude quando ocupava o cargo de gerente de operações do Hathor Wellcare Center, localizado em 14269 SW 42 St., em Miami.
Moreira era "a única pessoa encarregada de pagar os subornos, que eram em dinheiro, colocados dentro de um envelope branco", afirmou Ariel Pérez, investigador policial da Fiscalia Geral.
Entre 1 de janeiro de 2020 e 12 de julho de 2023, a acusada alegadamente pagou mais de $15,600 dólares em subornos, que resultaram em mais de $104,000 em reivindicações fraudulentas faturadas ao Medicaid.
Os registros do Hathor Wellcare Center mostram que, além de gerente de operações, Moreira também foi vice-presidente sênior da corporação da Flórida e a agente registrada do Hathor Investment Group.
Moreira foi presa na quinta-feira e detida no Centro Correcional Turner Guilford Knight (TGK) de Miami-Dade. Ela está enfrentando uma acusação de fraude ao Medicaid/apresentação de reclamações falsas.
Na sexta-feira, compareceu perante o tribunal e o juiz fixou sua fiança em 50.000 dólares.
A cubana é natural de Playa Larga, na província de Matanzas, como indicado em suas redes sociais.
A acusação contra Moreira está inserida na Ação Nacional contra Fraude em Cuidados de Saúde, anunciada pelo Departamento de Justiça na última quinta-feira, que descobriu uma enorme trama para apresentar reclamações falsas por assistência médica, que ultrapassam os $2,750 bilhões de dólares.
As investigações levaram à prisão de 193 pessoas, incluindo 76 médicos, enfermeiras, e outros profissionais médicos licenciados, por seu suposto envolvimento em vários esquemas de fraude, em 32 distritos federais em todos os Estados Unidos.
No Distrito Sul da Flórida, o procurador federal Markenzy Lapointe anunciou acusações criminais contra 38 réus, incluindo vários cubanos.
Segundo o El Nuevo Herald, em março passado, o escritório do FBI em Miami estima que mais de 100 acusados de roubar centenas de milhões de dólares do Medicare no sul da Flórida estão foragidos. A maioria deles são imigrantes cubanos que fugiram para seu país de origem ou para o México, República Dominicana e outros países de língua espanhola para evitar a justiça.
O que você acha?
Comente.Arquivado em: