Ailex Marcano, a mãe do prisioneiro do 11 de julho, Ángel Jesús Veliz Marcano, chegou aos Estados Unidos na sexta-feira entre lágrimas e pedindo fervorosamente a libertação de seu filho e de todos os presos políticos cubanos.
"Liberdade para os presos políticos, liberdade para o meu filho Ángel Jesús Veliz Marcano, abaixo a ditadura, viva Cuba livre", gritou em voz alta no Aeroporto de Miami, onde a corajosa ativista camagüeyana foi recebida por amigos e familiares.
Naquele ano, foi entrevistada pela vice-presidente do Parlamento Europeu, Dita Charanzová, a quem contou que o seu filho foi detido aos 26 anos na província de Camagüey. Ele era atleta na modalidade de tiro com arco, formou-se professor de Educação Física e sempre obteve as melhores avaliações como instrutor na escola.
Depois, ele se tornou um trabalhador autônomo e trabalhou em restaurantes e bares, com seus documentos atualizados, sua licença, seu cartão da ONAT (Oficina de Administração Tributária), mas devido à Covid-19, o Bar Seven, onde trabalhava, estava fechado", explicou.
Antes das manifestações, "meu filho e eu éramos como cidadãos comuns, não pertencíamos a nenhuma organização política ou opositora, apenas às organizações que, assim como todos os cidadãos cubanos, somos obrigados a pertencer, como o CDR (Comitê de Defesa da Revolução), FMC (Federação das Mulheres Cubanas) e, no meu caso, o Sindicato dos Trabalhadores de Cuba, mas nunca tivemos nenhuma filiação política nem estávamos afiliados a qualquer organização opositora ou dissidente", explicou a mulher.
Recordou que a detenção arbitrária do jovem ocorreu no dia 18 de julho em sua casa, após uma semana de manifestações, e depois de ser enganada para sair de casa e não testemunhar a prisão.
Véliz Marcano foi detido por participar nas manifestações, mas ele assegura que não se arrepende de seu envolvimento nos protestos. "Sinto-me livre, (...) acordei", disse o jovem à sua mãe.
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