Um grupo de sete migrantes cubanos, incluindo uma mulher grávida e uma menina, detidos na fronteira entre Lituânia e Bielorrússia, decidiram interromper o tráfego no posto fronteiriço como forma de protesto contra uma deportação.
Foi assim confirmado por um meio de comunicação local da Lituânia, citando um representante do serviço de fronteiras.
"Mas este não é o primeiro caso em que o tráfego em Medininkai é interrompido por este motivo. Na verdade, não há nada de novo para nós", disse Giedrius Mišutis, representante dos habitantes da fronteira.
Segundo Mišutis, os cubanos foram aceitos na fronteira após sua manifestação, embora tenha assegurado que "tarde ou cedo a situação será resolvida".
"Foi encontrada uma solução, sem usar a força física, para retomar o trabalho do ponto", explicou, apontando que esta foi a de "devolvê-los às instalações do Serviço Estatal de Guarda de Fronteiras (VSAT)". "Não era necessário que fossem para a Bielorrússia naquele momento", afirmou.
Ao ser questionado sobre como os cubanos entraram no país europeu, ele mencionou que fizeram um pedido de asilo político no posto de Medininkų, fronteiriço com a Bielorrússia, que foi avaliado pelas autoridades lituanas e, por fim, rejeitado ao considerarem que não atendiam aos critérios.
Há três semanas, o Departamento de Migração examinou os seus pedidos e não encontrou nenhuma circunstância para conceder asilo. Este não é o primeiro nem o último caso em que estas pessoas não podem permanecer na UE e na Lituânia. (...) Na situação atual, terão que sair da Lituânia", pontuou Mišutis.
Os cubanos, por não precisarem de visto para a Bielorrússia, aproveitam para viajar ao país e de lá realizar trânsitos arriscados a fim de alcançar um status de asilado político ou refugiado em qualquer um dos países próximos.
Até cerca de um ano atrás, a rota começava na Sérvia, um país que também não exigia visto para os cubanos, até que decidiu controlar o tráfico de pessoas em suas fronteiras.
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