O suposto ataque a um menino de cinco anos com um objeto de madeira em uma escola na província de Espírito Santo está sob investigação e o suposto professor foi afastado temporariamente do centro, conforme revelou a imprensa local.
“Diante de um incidente desta magnitude, a primeira coisa que fazemos é aplicar uma medida cautelar à pessoa, para que Separamos o professor da escola, até que as investigações sejam concluídas”, revelou Andrei Armas Bravo, diretor-geral da Educação da província de Sancti Spíritus, em declarações ao Escambray.
O gestor refere que a partir do momento em que o incidente foi denunciado, iniciou-se uma investigação exaustiva que incluiu entrevistas a dezenas de trabalhadores docentes e não docentes, bem como inquéritos a famílias com crianças que estudam na escola onde ocorreu o incidente. a escola primária Mariana Grajales Coello, localizada na comunidade de Jarahueca, em Yaguajay.
A comissão criada pôde trocar informações com a criança, além de ouvir diretores e colegas da professora, bem como o restante dos alunos da sala de pré-escola da escola.
“Até este momento não conseguimos provar ou verificar que este professor bateu na criança”, afirmou Andrei Armas.
“Ela é uma professora jovem, mas com experiência e, claro, não estamos isentos de métodos educacionais inadequados serem utilizados em nossas escolas, mas o que temos certeza é que, caso seja demonstrada a ocorrência de um evento assim, aplicaremos as sanções mais severas”, acrescentou Armas Bravo, que não especificou quando se espera que a investigação em curso seja concluída.
Explicou que na semana passada, depois de passar três dias com febre de 39 e 40, a mãe do menor decidiu levá-lo ao hospital, onde detectaram "uma doença pulmonar" pela qual foi encaminhado para o hospital pediátrico provincial.
A criança foi internada na tarde do dia 9 de maio. Além da febre, ele apresentava tosse úmida, fraqueza e perda de apetite.
“O menor às vezes relatava dor no hipocôndrio esquerdo”, disse a médica Lisailén Portal Fernández, especialista de primeiro grau em Pediatria que trabalha no referido hospital.
Segundo Portal Fernández, assim que o menino chegou ao hospital pediátrico, foram realizados todos os exames complementares, incluindo leucograma e radiografia de tórax, para estabelecer o diagnóstico o mais rápido possível. Uma vez estabelecido o diagnóstico de pneumonia à esquerda, foi iniciada terapia antimicrobiana com cefalosporina de terceira geração.
Segundo o especialista do primeiro grau em Pediatria, uma pancada ou um trauma como o atribuído ao professor não causaria uma doença como a pneumonia.
Neste momento o menor apresenta uma evolução positiva e espera-se que tenha alta em breve. Manteve-se sem febre, ativo, em muito bom estado geral, sem desconforto respiratório, sem cianose e com evolução radiológica favorável.
Relativamente à denúncia, o Diretor Geral da Educação concluiu que “Atuaremos com total transparência e de acordo com as leis e regulamentos em vigor”, embora não tenha especificado quando deverá a comissão criada para o efeito emitir o parecer final.
Na seção de comentários da publicação de Escambray, O pai do menor fez questão de dar credibilidade ao depoimento do filho.
“Sou pai da criança e o único propósito e intenção com a publicação do caso, apesar de reconhecer meu erro quanto aos danos que poderão ser causados ao meu filho ao expor seu rosto, é apenas investigar e tomar medidas justas. É impossível para meu filho expressar em voz alta o que aconteceu e ainda questionar o que aconteceu.“, escreveu Yenier Toledano Torres, que se identificou como pai de Ângelo, nome do menor.
“Agradeço a Deus que a pneumonia, segundo os especialistas, não foi por causa da pancada, mas na minha visão de pai a criança manifesta claramente o que aconteceu. “Não tenho mais nada a defender a não ser apoiar o meu filho”, acrescentou, ao mesmo tempo que agradeceu à equipa médica que o tratou e a todos os que se preocuparam com o caso.
A denúncia veio à tona a partir de uma postagem no Facebook da tia do menor, acompanhada de um vídeo onde a própria criança explicava que a professora havia batido nele.
“A professora me bateu forte… eu fiquei na cadeira, lá fora… Ela pegou o facão e me bateu… nossa!”, confessou o próprio menino e mostrou ao médico a parte do corpo onde foi atingido. A criança afirmou sentir dor no lado esquerdo quando o profissional a apalpou durante o exame físico.
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