Esta segunda-feira, Cuba viveu um dia com fortes apagões, como se pode verificar pelos mais de 1.000 MW de impacto máximo reportados pela União Elétrica (UNE) na sua parte no dia 7 de maio, que resumiu o comportamento energético do dia anterior.
O déficit na capacidade de geração foi de 24 horas e o valor máximo de impacto foi de exatamente 1.091 MW às 20h40, 210 MW acima dos 881 MW planejados pela UNE.
O pior é que as perspectivas não melhoram muito face à previsão para esta terça-feira, quando Prevê-se um défice de 880 MW durante as horas de ponta.
A disponibilização do Sistema Eletroenergético Nacional (SEN) às 7h00. Em 7 de maio, eram 1.900 MW e a demanda era de 2.350 MW, sendo 470 MW afetados pelo déficit de capacidade do sistema. Um impacto diurno é estimado em, em média, 700 MW.
Neste momento, a unidade 6 do CTE Renté e a unidade 2 do CTE Felton estão fora de serviço devido a uma avaria.
As unidades 1 e 3 do CTE Santa Cruz, unidade 6 do CTE Nuevitas, unidade 8 do CTE Mariel e unidade 1 do CTE Felton estão em manutenção.
As limitações à geração térmica são de 367 MW.
35 usinas de geração distribuída e Patana de Regla estão fora de serviço por causa do combustível, sendo 342 MW afetados neste conceito.
Para o horário de pico, estima-se a entrada da unidade 6 do CTE Renté com 60 MW; a entrada de seis motores em Patana de Regla com 55 MW; a entrada de cinco motores na Patana de Melones com 75 MW e a entrada de motores de Geração Distribuída que estão sem combustível com 100 MW.
Com esta previsão, estima-se uma disponibilidade de 2.190 MW e uma demanda máxima de 3.000 MW para horário de ponta, para um déficit de 810 MW. Isto implica que, se as condições previstas se mantiverem, está previsto um impacto de 880 MW para a hora de ponta.
Como acontece em todas as partes da UNE, dezenas de internautas reagiram com indignação ao anúncio.
“Não há dúvida de que se superam a cada dia. Suponho que até julho e agosto apenas as casas dos dirigentes, os hotéis e as zonas turísticas estarão iluminadas, o resto na escuridão”, previu um cubano.
“Eles merecem um Prêmio Nobel pelo excelente planejamento de manutenção”; "Sem palavras. Pois nos dão penas como núcleo e dançamos o areito. Da mesma forma já parecemos homens das cavernas"; “Isso é morrer parcelado”; “Isso acontecerá até que todos soemos os caldeirões”, foram algumas opiniões.
Eles também não estavam faltando críticas aos poucos apagões na capital em relação ao resto do país, o que se tornou uma reclamação recorrente entre os moradores de outras províncias.
“Não há déficit em Havana ou é outro país?”, questionou um comentarista.
A um mês e meio do início oficial do verão, Cuba parece estar a flertar com o colapso do sistema elétrico nacional.
José Miguel Solís, jornalista de Matanzas especializado em geração de eletricidade no país, Ele descreveu esta segunda-feira como “tenso” o panorama energético.
A situação, ainda, não parece melhorar nos próximos dias, após o anúncio do fim do serviço esta segunda-feira por 25 dias, devido a “manutenções programadas”, da unidade 1 da termelétrica Felton.
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