Gerardo Alfonso é um cantautor cubano, nascido em Havana no dia 1 de novembro de 1958.
Sempre acompanhado por sua guitarra, este músico, representante da Nova Trova desde a década de 80, nunca cursou estudos formais de música. Tudo o que sabe e faz vem de seus dotes inatos e do que aprendeu de forma autodidata. Ele é o criador dos gêneros guayasón e ochanga, que incorporam elementos melódicos da música campesina e da música afrocubana. A música brasileira, assim como a mistura de rock e reggae, também se percebem como influências em suas criações, que são enriquecidas com letras de temática social.
Dos de seus temas mais conhecidos se tornaram símbolos de gerações de cubanos: seu "Yo te quería María", popularizada pelo grupo Moncada nos anos 80, sua "Sábanas Blancas" não só serviu de tema para um conhecido programa da televisão cubana, mas também como uma canção de amor à capital cubana, sua "Son los sueños todavía", canção composta em ocasião do 30º aniversário da queda de Ernesto Che Guevara na Bolívia (1997), tornou-se hino de manifestações. A esse respeito, o músico sempre deixou clara sua posição de apoio ao regime cubano, declarando que "tem um compromisso político" e que decidiu ficar em Cuba para 'combater' através da música "as mentiras das sociedades capitalistas em relação a Cuba". Em 2018, compôs o tema "Que le quiten lo bailado a otro" em referência à Lei Helms-Burton.
Junto aos máximos expoentes da Nova Trova, percorreu importantes palcos da América Latina, apresentando-se ao lado de Pablo Milanés, Santiago Feliú, Maria Bethânia, Silvio Rodríguez, Carlos Varela, Frank Delgado, entre outros.
Seus temas serviram de trilha sonora para vários filmes, como: Hoje como ontem (1991), O riso de Ochún (1995) e Calor (1996).
Atuou em vários países, como Chile, Argentina, Suécia, Panamá, Itália, Venezuela, França, Alemanha, Colômbia, Espanha, entre outros, e dividiu o palco com: Xiomara Laugart, Pablo Milanés, Alberto Tosca, Carlos Varela, Maria Bethânia, entre outros.
Desenvolve uma faceta menos conhecida como comunicador, professor em escolas de arte e institutos de ensino, e promotor cultural.
Seus discos foram premiados em várias ocasiões no Cubadisco e sua carreira artística é reconhecida e agraciada, como por exemplo:
- Distinção pela Cultura (Ministério da Cultura de Cuba)
- Diploma ao Mérito Artístico (Instituto Superior de Arte de Cuba)
- Prêmio Abril (Associação Hermanos Saíz)
- Ordem Alejo Carpentier (Conselho de Estado de Cuba)
- Giraldilla de Havana (Governo da Cidade de Havana)
Discos:
Voando para a lua (1990)
Os lobos se reúnem (1993)
Lençóis brancos (1995)
Gerardo Alfonso. À guitarra limpa (1999)
Reconto (2000)
O ilustrado Cavaleiro de Paris (2001)
Não me olhe tão estranho. À guitarra limpa (2002)
Momentos (2002)
As coisas que eu te conto (2003)
Raça (2004)
À beira do mar (2006)
Quarto de século (2006)
A cúpula (2009)
Lendas camagüeyanas (2010)
