Estreiam novo sistema de identificação de viajantes no aeroporto de Miami: Como funciona?



Este avanço chega na hora certa para a alta temporada de viagens de Natal e como preparação para o afluxo de viajantes que se espera para a Copa do Mundo da FIFA em 2026.


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Desde esta semana, o Aeroporto Internacional de Miami (MIA) se juntou à tendência nacional de modernização dos processos aeroportuários com a implementação de um novo sistema de identificação biométrica que promete transformar a experiência de segurança para milhares de passageiros.

Este avanço chega na hora certa para a alta temporada de viagens de Natal e como preparação para o influxo de viajantes que se espera para a Copa do Mundo da FIFA em 2026.

O que é o novo sistema biométrico?

O sistema em questão foi instalado nas filas exclusivas de TSA PreCheck e consiste em portões biométricos (eGates) desenvolvidos pela empresa CLEAR, especializada em soluções de identificação segura.

A tecnologia implementada permite verificar a identidade dos viajantes em cinco segundos ou menos, eliminando a necessidade de apresentar uma identificação física.

De acordo com o que foi observado por repórteres da Telemundo 51, o procedimento é ágil e direto.

O passageiro escaneia seu cartão de embarque, posiciona-se em frente ao portão biométrico e confirma sua identidade por meio de uma leitura facial.

Somente após concluir essa verificação, o sistema permite a passagem para a área de inspeção da TSA.

Quem pode usá-lo?

Este serviço não está disponível para todos os viajantes no momento, mas apenas para aqueles que atendem a dois requisitos simultaneamente:

-Estar inscritos no TSA PreCheck, o programa governamental que agiliza os procedimentos de segurança para passageiros de baixo risco.

-Ser membro do CLEAR Plus, um serviço privado de adesão anual que facilita o acesso a filas rápidas em aeroportos e estádios por meio de identificação biométrica.

As filas regulares de segurança para passageiros sem esses registros continuam funcionando de maneira tradicional, com controle de documentação física e tempos de espera maiores.

Um projeto sem custo para o contribuinte

Uma das particularidades da implementação dessa tecnologia é que não representou nenhum gasto para os contribuintes.

A empresa CLEAR assumiu o investimento como parte de uma aliança público-privada com a Administração de Segurança nos Transportes (TSA), o que permitiu avançar na digitalização de processos sem afetar os orçamentos federais.

Até a data, 20 aeroportos principais do país já possuem este sistema, como parte de uma estratégia para expandir o uso de identificação biométrica em pontos de alto tráfego.

O que as autoridades buscam com essa tecnologia?

A Administração de Segurança no Transporte aposta nesses sistemas para reduzir os gargalos nas áreas de inspeção, oferecer uma experiência mais fluida ao passageiro e aumentar a segurança.

A biometria, argumentam, é menos suscetível a fraudes do que os documentos físicos e permite uma verificação mais precisa.

Um porta-voz da TSA destacou que esse tipo de tecnologia "continuará se expandindo em aeroportos-chave do país", em um esforço para combinar eficiência e controle em tempos em que o volume de viajantes está em constante crescimento.

Privacidade ou conveniência?

Embora a tecnologia tenha sido bem recebida por muitos viajantes frequentes que valorizam a agilidade, também gerou debates sobre a privacidade e o uso de dados biométricos.

Organizações defensoras dos direitos civis expressaram preocupação com a falta de regulamentação clara em relação à coleta, armazenamento e possível compartilhamento desses dados por empresas privadas.

CLEAR afirmou que seu sistema atende aos mais altos padrões de segurança e privacidade, e que as digitalizações faciais são comparadas apenas com as informações fornecidas voluntariamente pelo usuário ao se afiliar ao programa.

Um passo em direção ao futuro das viagens aéreas

Com esta nova implementação, o Aeroporto Internacional de Miami se coloca na vanguarda dos processos de segurança aeroportuária nos Estados Unidos.

A combinação de biometria, automação e colaboração público-privada estabelece uma tendência que provavelmente se espalhará nos próximos anos, não apenas em aeroportos internacionais, mas também em terminais regionais e pontos de entrada na fronteira.

Para aqueles que viajarem neste Natal e já fizerem parte do TSA PreCheck e CLEAR Plus, a experiência promete ser mais fluida e moderna.

Para os outros, será uma janela para o que poderia ser o futuro do trânsito aéreo, onde o rosto será o novo passaporte.

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