O reguetonero cubano Yosvany Sierra Hernández, conhecido artisticamente como Chocolate MC, rejeitou nesta terça-feira um acordo de culpabilidade oferecido pela Promotoria de Miami-Dade, em meio ao complexo emaranhado judicial que enfrenta e que pode resultar em uma condenação muito maior nos próximos meses.
De acordo com Telemundo 51, a Promotoria propôs unificar os casos abertos contra o artista, incluindo o de solicitação de homicídio, pelo qual já foi declarado culpado, juntamente com outras acusações de sequestro e roubo de maior valor, em troca de uma sentença de 12 anos de prisão e cinco anos de liberdade condicional.
A oferta foi apresentada durante uma audiência na qual Chocolate esteve presente junto com seu advogado, Adolfo Gil, mas acabou sendo rejeitada após uma breve deliberação com sua defesa, conforme confirmou a mídia local.
A jornalista Maylin Legañoa, que cobriu a audiência e explicou na transmissão ao vivo do Telemundo 51, destacou que o Ministério Público argumentou ter “evidências substanciais” para sustentar as acusações em um novo julgamento.
Entre as provas mencionadas está um vídeo relacionado com o suposto sequestro de um fã em Opa-locka, um caso que agravou notavelmente a situação legal do reguetonero.
Durante a audiência judicial, o juiz advertiu claramente a Chocolate que, se continuar com os processos penais sem aceitar o acordo, poderia enfrentar uma condenação muito superior àquela oferecida agora.
Ainda assim, o artista manteve sua posição, alegando que o prazo proposto lhe parecia excessivo e reiterando que não se considera culpado. Seu advogado apoiou a decisão e antecipou que a estratégia será recorrer a um novo julgamento, explicou Legañoa.
O rejeição do acordo ocorre apenas semanas depois que Chocolate foi declarado culpado no caso de solicitação de homicídio contra Damián Valdez-Galloso, apontado como principal suspeito do assassinato do reguetonero El Taiger.
No processo, o juiz determinou que as ameaças divulgadas nas redes sociais constituíam "ameaças reais" e não estavam protegidas pela Primeira Emenda, uma decisão crucial que enfraqueceu a defesa do artista, conforme também reportado pela Telemundo 51.
Enquanto não foi fixada uma data para os próximos julgamentos por sequestro e roubo, o caso de Chocolate MC continua acumulando capítulos judiciais.
Com vários processos em andamento, sem direito a fiança e com uma ordem de deportação vigente desde 2022, embora Cuba não o aceite, o panorama legal do cantor continua se estreitando, em um processo que já transcende o artístico e se estabelece plenamente nos tribunais.
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