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Os Estados Unidos estão enfrentando uma das ondas de gripe mais intensas dos últimos anos, com quase três milhões de casos confirmados desde o início da temporada, de acordo com dados dos Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC).
As autoridades de saúde também registram um aumento de 8% nos casos durante a última semana e mais de 1.200 mortes vinculadas ao vírus.
Reportagens de Telemundo Noticias mostram a preocupação de pacientes e famílias com o aumento da influenza.
Socorro Leal, paciente de câncer, explicou que nunca baixa a guarda e sempre usa máscara para se proteger.
“A maioria das pessoas fica doente com a gripe, não é verdade? Mas se nos vacinarmos, não teremos problema”, apontou.
Outro pai entrevistado insistiu na necessidade de cuidar das crianças: “Se elas adoecerem, é preciso estar com elas; por isso é necessário cuidá-las”.
Após o feriado de Ação de Graças, os casos de contágio dispararam em vários estados, principalmente no Colorado, Nova Jersey, Nova York e Louisiana.
Os CDC atribuem o aumento ao surgimento de uma nova variante do vírus, a H3N2, subclado K, que provoca casos mais graves, com mais hospitalizações e complicações respiratórias.
Em meio ao aumento de casos e com as festas de fim de ano se aproximando, os médicos recomendam reforçar as medidas de prevenção.
A doutora Emma B. Olivera lembrou a importância de lavar as mãos com água e sabão, manter-se em dia com as vacinas —incluindo a da gripe— e ficar em casa caso surgam sintomas.
“Não se deve preparar comida nem participar de eventos enquanto se está doente”, alertou.
Os CDC também alertaram sobre o aumento de casos de norovírus, um patógeno distinto da gripe, mas igualmente contagioso, responsável por vômitos e diarreias.
Sua transmissão aumenta entre novembro e abril, e os surtos afetam especialmente os estados do oeste do país.
Na Califórnia, as autoridades de saúde reportam aumentos na área da Baía de São Francisco e em Los Angeles.
Os especialistas insistem que a vacinação e a higiene continuam sendo as ferramentas mais eficazes para conter a propagação da gripe e outras infecções respiratórias nesta temporada de inverno.
A situação epidemiológica nos Estados Unidos tem sido marcada por diversas ameaças virais que obrigaram a reforçar as medidas de prevenção e vigilância.
Uma das preocupações recentes é o chikungunya, diante do qual os CDC emitiram uma alerta de viagem de nível 2 para Cuba devido a um surto ativo da doença, com dezenas de milhares de casos confirmados na ilha.
Embora não tenham sido registrados casos de contágio autóctone em solo americano nos últimos anos, o CDC alertou que o risco de reintrodução existe, dada a presença do mosquito Aedes aegypti em vários estados do sul.
Em paralelo, as autoridades da Flórida aprovaram mudanças legislativas que geraram controvérsia na comunidade médica ao eliminar a obrigatoriedade de certas vacinas infantis.
Entre elas estão as que protegem contra a hepatite B, o pneumococo e a gripe tipo Hib. Os especialistas alertam que esta medida pode favorecer surtos de doenças preveníveis, especialmente em áreas com baixa cobertura de imunização, e ressaltam que não foram realizados estudos de impacto que respaldem a decisão.
A estes fatores soma-se um surto recente de norovírus a bordo de um cruzeiro que chegou a Miami com mais de 90 pessoas afetadas por sintomas gastrointestinais.
O vírus, altamente contagioso, provocou diarreia, vômitos e febre, obrigando à aplicação de protocolos sanitários especiais. Embora o incidente tenha sido contido, evidenciou a rapidez com que doenças infecciosas podem se espalhar em ambientes fechados e a necessidade de manter vigilância ativa durante a temporada de inverno.
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