Outro episódio de roubo abala a Série Nacional: Treinador de Artemisa esclarece o ocorrido com seu arremessador



Esses fatos evidenciam falhas de segurança e recursos limitados, refletindo um deterioração estrutural e organizacional no beisebol cubano.

Geonel Gutiérrez, o lançador afetado pelo roubo.Foto © Granma

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A Série Nacional de Beisebol volta a ser marcada por um novo incidente de roubo, desta vez relacionado com o lançador artemiseño Geonel Gutiérrez.

O que inicialmente foi denunciado como um furto dentro da própria equipe dos Cazadores de Artemisa foi esclarecido horas mais tarde pela direção, após a primeira versão circular nas redes e gerar desconforto entre os aficionados.

Captura do Facebook/Cazadores de Artemisa

O próprio perfil Cazadores de Artemisa retificou publicamente as informações e explicou que o ocorrido não aconteceu dentro do camarim nem envolveu outros jogadores, mas sim no hotel onde a equipe estava hospedada.

Segundo o comunicado, o jogador teve um anel furtado que havia deixado em seu quarto enquanto a equipe estava jogando.

"Este fato não ocorreu dentro da equipe, foi um erro não verificar a informação diretamente com a direção", reconheceu Luis Javier Rodríguez (Luijo), administrador da página, que se desculpou com os fãs, atletas e diretores.

A clarificação foi reforçada pouco depois pelo treinador Norlis Concepción e compartilhada no muro de Facebook do narrador e comentarista esportivo Ernesto Amaya Esquivel, que lamentou o incidente, mas insistiu que não se tratou de um conflito interno nem de subtração entre colegas.

“Somente se perdeu para o atleta uma aliança que deixou em seu quarto. Nada tem a ver com o restante dos atletas da equipe. Esclareço para os mal-intencionados que logo emitem opiniões sem ter a verdade absoluta”, escreveu o diretor.

Captura de Facebook/Ernesto Amaya Esquivel-Desportos

Um novo capítulo em uma sequência de fatos preocupantes

Embora o fato não tenha envolvido diretamente a equipe, ele se soma a uma série de denúncias que expuseram a vulnerabilidade na segurança do beisebol cubano, tanto em estádios quanto em hotéis.

Nas últimas semanas, páginas esportivas e jornalistas especializados têm relatado:

  • Roubo de celulares na equipe Huracanes de Mayabeque.
  • Subtração de pertences de jogadores de Matanzas no estádio Victoria de Girón.
  • E agora, o caso do anel do lançador de Artemisa.

Como apontou a página Cuba Grand Slam, são situações que “afetam ainda mais uma Série Nacional já impactada por múltiplos problemas”, e que revelam falhas de proteção em torno dos próprios atletas, que viajam com recursos limitados e enfrentam instalações frequentemente deterioradas.

Captura do Facebook/Cuba Grand Slam

O antecedente mais grave: um saque que obrigou a suspender uma partida

O roubo de Artemisa é conhecido apenas semanas após um episódio muito mais sério abalar o campeonato, com o saque inimaginável da equipe de Matanzas durante a sub-série contra Camagüey, que levou à suspensão do jogo previsto.

Personas alheias ao estádio entraram no dugout e no vestiário yumurino e levaram luvas personalizadas, bastões, telefones, carteiras e até equipamentos completos.

“Alguns atletas ficaram literalmente sem nada, apenas com o uniforme de aquecimento,” denunciaram de La Banda Yumurina.

A gravidade do fato, descrito como “inaceitável” por autoridades e jornalistas, tornou visíveis as condições de segurança na Série Nacional e a indefensão dos jogadores, que também enfrentam carências materiais e baixos recursos institucionais.

Para muitos aficionados, estes episódios refletem um deterioramento estrutural, que vai desde hotéis sem vigilância adequada, estádios vulneráveis, falta de recursos e um beisebol que atravessa uma crise profunda não apenas no aspecto esportivo, mas também no logístico e organizativo.

Como resumiu Cuba Grand Slam em sua publicação:

“O beisebol precisa de muitas coisas para melhorar, mas definitivamente o que menos precisa é que os roubos deixem de acontecer apenas nas bases.”

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