Fala cubano que salvou duas mulheres em acidente que acabou com uma caminhonete no rio Miami



O aparatoso acidente ocorreu na marina de Miami River Point.


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Um grave acidente na marina de Miami River Point quase terminou em tragédia quando uma caminhonete oficial do Departamento de Coleta de Lixo da cidade caiu na água com duas mulheres presas em seu interior.

O incidente, captado por câmeras de segurança e viralizado nas redes sociais, comoveu os residentes da área. Mas o que poderia ter sido uma catástrofe mudou de rumo graças à rápida intervenção de um cubano: Rafael Valdez, que sem pensar duas vezes mergulhou no canal para salvá-las.

Um acidente de segundos… e uma resposta ainda mais rápida

Era nas proximidades da 18ª rua com a 24ª avenida do noroeste quando o veículo oficial perdeu o controle por razões ainda não esclarecidas.

Segundo informou anteriormente a imprensa local, o caminhão atravessou uma cerca e colidiu com um barco estacionado em um cais antes de ser lançado na água.

Nas imagens de vigilância, observa-se como a caminhonete colide primeiro contra uma árvore, atinge uma embarcação ancorada e, finalmente, afunda no canal.

Testemunhas foram ao local devido ao estrondo, mas entre os curiosos, apenas um reagiu imediatamente.

“Cai pela cerca e fui como todo mundo olhar, mas vi que ninguém (...) E ouvi a senhora pedindo ajuda, então foi quando desci”, relatou Rafael Valdez, entrevistado por Telemundo 51.

O salto para a água e um resgate sob pressão

Valdez sabia que o risco era real, que não se tratava de uma cena qualquer. Na água havia restos de um barco danificado e o tempo corria contra.

“Sabia que algo poderia me acontecer porque havia um barco avariado (…) Entrei com cuidado para não me jogar de qualquer maneira”, explicou.

Dentro da camionete estavam duas funcionárias do Departamento de Resíduos Sólidos. O interior estava coberto pelos airbags acionados após o impacto, o que impedia que as ocupantes conseguissem escapar por seus próprios meios.

“Já o vidro estava quebrado, mas os próprios airbags estavam cobrindo a janela e não podiam sair”, detalhou.

Foi então que Rafael pediu uma faca. Ele cortou os sacos e abriu espaço suficiente para retirá-los um a um.

 

“Pedi uma faca, furei os colchões de ar e tirei eles (...) estava amarrando quando um vizinho do marina também desceu e levou aquele com a corda”, acrescentou.

Minutos depois, chegaram as equipes de resgate e os mergulhadores, enquanto testemunhas registravam como a caminhonete era retirada da água.

As marcas do heroísmo

O gesto de Rafael não saiu ileso. No meio do resgate

“A ferida é o tubo da grade que me entra (…) o pior é a infecção”, explicou. A cicatriz, afirma, é um lembrete de uma ação da qual não se arrepende.

Sobre as mulheres resgatadas, Valdez disse que estavam em estado de choque.

“Muito assustadas (…) aquela mulher não tinha expressão”, recordou em referência a uma delas.

Por sorte, ambas saíram fisicamente ilesas, embora visivelmente traumatizadas pelo impacto.

A onda de reações nas redes e um nome: Rafael

A intervenção heroica não passou despercebida.

A conta do Instagram Only in Dade compartilhou um vídeo do acidente e descreveu o momento como um “aterrador acidente marítimo captado pela câmera: um caminhão derrapa sobre uma cerca, uma árvore e um barco estacionado antes de mergulhar no canal, com um motorista e um passageiro presos sendo resgatados por um heroico bom samaritano.”

O nome de Rafael começou a circular em comentários que o descreviam como “o melhor Capitão de Miami”, com múltiplos usuários expressando admiração e gratidão.

Alguns o vinculam a uma empresa local de aluguel de barcos (@ashaba.rentboat), embora essa relação não tenha sido confirmada pelas autoridades.

“¡O melhorrrr, meu tio!!”, escreveu um internauta. Outro se limitou a aplaudir: “Viva Rafael, o melhor Capitão de Miami”.

Perguntas sem resposta

Apesar da divulgação do ocorrido e do resgate bem-sucedido, muitas questões ainda permanecem em aberto. As autoridades ainda não informaram qual foi a causa do acidente: falha mecânica? erro humano? negligência na segurança do entorno?

Tampouco se esclareceu se a marinha tinha barreiras suficientes para impedir que um veículo atravessasse seu perímetro e terminasse na água com tanta facilidade.

O único certo por enquanto é que, se não fosse pela reação de Rafael Valdez, as consequências poderiam ter sido fatais.

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