Projeto Aliento de Vida pede ajuda para pacientes com doenças virais

O projeto humanitário lançou nas redes sociais uma campanha de coleta de analgésicos e insumos médicos, que serão destinados a pessoas doentes de dengue, chikungunya e outras arboviroses, em meio à severa crise sanitária e epidemiológica em Cuba.

Mosquito Aedes aegyptiFoto © Domínio Público

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O projeto humanitário Aliento de Vida fez um apelo urgente à comunidade cubana, tanto dentro quanto fora do país, para doar medicamentos para ajudar pessoas doentes de dengue, chikungunya e outras arboviroses, cujo aumento tem provocado uma grave crise sanitária e epidemiológica em Cuba.

Yankiel Fernández, coordenador do projeto, lançou nas redes sociais uma campanha de arrecadação de analgésicos e insumos médicos, com o objetivo de ajudar a amenizar a crítica situação de saúde.

Captura de Facebook/Aliento de Vida

O pedido inclui paracetamol, ibuprofeno, xaropes anticongestionantes, termômetros e analgésicos em geral.

“Há muitos doentes, são milhares de pessoas, entre elas crianças, idosos, jovens, enfim, todos corremos o risco de adoecer em algum momento”, advertiu o ativista.

Fernández revelou que sua esposa está de cama, recebendo soro, e sua avó, “sem poder caminhar e com febres altas, sem contar todos os dores que isso traz consigo”.

Para coordenar as doações, as pessoas podem entrar em contato pelo número +5358047706. Se residirem fora de Cuba, serão informadas sobre onde podem se dirigir e com quem entrar em contato.

Iniciativas similares foram lançadas nas últimas semanas e evidenciam o colapso do sistema nacional de saúde pública diante de doenças preveníveis transmitidas por mosquitos.

O humorista cubano Limay Blanco, que há anos ajuda pessoas necessitadas através do Ministério Cristo Cambia Vidas, apelou mais uma vez à solidariedade cidadã com o objetivo de angariar doações para famílias com crianças doentes.

A situação epidemiológica nacional é preocupante, devido à saturação dos hospitais e à escassez de medicamentos. Em razão da congestão no Hospital Pediátrico Eliseo Noel Camaño, em Matanzas, as autoridades improvisaram urgentemente um centro alternativo na Universidade de Ciências Médicas, um sinal inequívoco da agudização da crise sanitária nessa província nos últimos meses.

As autoridades reconhecem a presença de várias cepas do vírus da dengue e outros arbovírus em quase todo o território nacional, mas negam o colapso nos serviços de saúde e a morte de pessoas devido às doenças virais.

Perguntas frequentes sobre a crise sanitária em Cuba e o projeto Aliento de Vida

O que é o Projeto Aliento de Vida e qual é o seu objetivo?

O Projeto Alento de Vida é uma iniciativa humanitária que visa coletar medicamentos e insumos médicos para auxiliar pessoas em Cuba que sofrem de doenças virais como a dengue e a chikungunya. Seu objetivo principal é aliviar a crise sanitária que se intensificou devido ao aumento dessas doenças e à falta de recursos no sistema de saúde cubano.

Como se pode colaborar com o Projeto Aliento de Vida de fora de Cuba?

Para colaborar com o Projeto Aliento de Vida de fora de Cuba, as pessoas interessadas podem entrar em contato pelo número +5358047706, onde receberão informações sobre como e onde enviar as doações. O projeto se concentra na coleta de medicamentos como paracetamol, ibuprofeno, xaropes para tosse e outros insumos médicos essenciais.

Qual é a situação atual do sistema de saúde em Cuba diante da crise de arboviroses?

O sistema de saúde cubano enfrenta uma grave crise sanitária devido à cocirculação de vírus como o dengue, chikungunya e Oropouche, o que levou ao colapso de hospitais e à escassez de medicamentos. As autoridades improvisaram centros de atendimento alternativos, mas negam oficialmente o colapso e as mortes derivadas dessas doenças, apesar das denúncias e evidências cidadãs que indicam o contrário.

Quais medidas o governo cubano está tomando para enfrentar a crise sanitária?

O governo cubano habilitou centros de atendimento alternativos e mobilizou estudantes de medicina para apoiar o controle de arboviroses. No entanto, as medidas são insuficientes diante da magnitude da crise e da falta de recursos, o que gerou críticas pela falta de reconhecimento oficial do problema e pela resposta inadequada à emergência sanitária.

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