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Um cubano natural de Jagüey Grande, Matanzas, foi julgado nesta quarta-feira por tráfico de drogas e pode passar sete anos na prisão, caso os juízes acatem o pedido da Promotoria ao proferirem a sentença em outubro próximo.
O imputado, cuja identidade não foi revelada, foi submetido a um julgamento oral e público na Sala Primeira do Penal do Tribunal Provincial de Matanzas, correspondente à causa 1-104 de 2025 por um delito relacionado com drogas ilícitas, e “reconheceu sua responsabilidade” nos fatos, informou o jornal oficialista .
Según a acusação do Ministério Público, o matancero, que não tinha antecedentes criminais, dedicava-se a comprar e vender narcóticos, incluindo cannabinoides sintéticos conhecidos popularmente como “químico” ou “papelillo”, os quais obtinha através de um homem que viajava regularmente para Havana e adquiria nessa província quantidades dessas substâncias.
O acusado comprava cada dose a um preço de 150 pesos e depois as vendia a 200, nas localidades de Torriente e Jagüey. O jornal detalhou que “para atingir seu objetivo, geralmente rondava áreas próximas ao parque contíguo ao ServiCupet de Jagüey Grande”, onde oferecia a droga a jovens e outras pessoas que passavam por ali.
Quando a polícia o prendeu no dia 22 de março passado, ele estava em posse de “0,25 gramas de picadura vegetal do cannabinoide sintético MDMB-4en-PINACA, contido em vários envoltórios de papel e nylon e em uma caixa de cigarro HUpman Selecto, assim como 104 envoltórios com 0,06 g de fragmentos de papel que tinham impregnado 5-Fluor ADB”.
No cumprimento do mandado de busca em sua residência, os oficiais encontraram 53 pacotes com 0,03 gramas de pequenos fragmentos de papel, também com 5-Fluor ADB.
O jornal Girón destacou que os atos imputados ao acusado constituem crimes relacionados com drogas ilícitas ou substâncias de efeitos semelhantes, previstos e punidos no artigo 235. 1a) do Código Penal de Cuba, os quais o indivíduo admitiu tanto durante a investigação quanto no julgamento.
A promotoría solicitou uma sanção de sete anos de privação de liberdade, de acordo com o artigo 34 do Código Penal, além das medidas acessórias de privação de direitos e proibição de saída do território nacional.
Os juízes notificarão a sentença no próximo dia 16 de outubro.
Segundo a nota, “o julgamento oral se desenrolou com respeito a todas as garantias constitucionais e cidadãs” e neste “ressaltou-se a política do país de tolerância zero às drogas”.
O tráfico e consumo de drogas sintéticas em Cuba aumentaram a níveis sem precedentes.
Embora o regime tenha endurecido as sanções penais e imposto penas exemplarizantes a quem possessar ou distribuir essas substâncias altamente tóxicas, tanto a venda quanto o consumo continuam crescendo, evidenciando que a estratégia governamental se mostra insuficiente.
O MININT revelou esta semana que os operativos antidrogas resultaram na prisão de mais de 1.500 pessoas, muitas das quais estão em prisão preventiva. Além disso, foram apreendidos 81 kg de narcóticos, 11.000 plantas, 23.000 sementes, cinco armas de fogo e bens de traficantes, e foram desarticuladas cinco redes criminosas que operavam no Aeroporto Internacional José Martí, em Havana.
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