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A mãe de Yordanis Cobos-Martínez, o cubano de 37 anos acusado de decapitar o gerente de um motel em Dallas na frente de sua esposa e filho, está ciente de que seu filho fez algo horrível e que ele tem que pagar por isso.
Desde Cuba, Odalis Martínez Rodríguez conversou com Telemundo 51 e garantiu que seu filho sofria de problemas mentais.
Também ressaltou que, embora o crime cometido por Yordanis não se justifique de forma alguma, ele era vítima de exploração laboral no negócio em que trabalhava e vivia em condições precárias no motel, "como um cachorro".
"Ele mesmo me dizia: 'Mamãe, sou um robô, trabalho e trabalho e não me pagam'", detalhou.
A mãe relatou que há meses, após seu filho sair da prisão nos Estados Unidos, ela pediu à Cruz Vermelha Internacional a repatriação, na esperança de atendê-lo medicamente em Cuba.
No entanto, afirma que o regime cubano se negou a recebê-lo. "Eu estava feliz porque achava que chegava a Cuba, vinha para cuidar dele, para levá-lo aos médicos... mas não me aceitaram", questionou.
Odalis desmentiu versões que o relacionavam a assassinatos em Cuba e afirmou que seu filho "ficou louco" após sair de Cuba.
Apesar de sua dor, admitiu a magnitude do crime: "Ele tinha problemas mentais desde que chegou aos Estados Unidos. Aqui em Cuba, nunca teve problemas. Mudou depois da prisão. Mas o que ele fez foi horrível, ele tem que pagar por isso."
A avó do acusado também se manifestou da Ilha com uma mensagem de resignação e fé: "Que ele se arrependa do que fez diante de Deus, porque esse homem de família não merecia morrer assim".
Um crime atroz em Dallas
Na última quarta-feira, Cobos-Martínez atacou com um facão Chandra Nagamallaiah, gerente do Downtown Suites Motel, em Old East Dallas. A agressão ocorreu após uma discussão de trabalho.
O atacante perseguiu seu chefe até o escritório, onde estavam sua esposa e filho, e lá o decapitou. Um vídeo de vigilância mostra como ele chutou a cabeça da vítima e depois a jogou em um container de lixo.
Foi preso pouco depois, enquanto caminhava ensanguentado pela rua, ainda com o facão na mão. A polícia o deteve sem disparar e ele confessou o fato durante o interrogatório.
Atualmente, permanece detido sem direito a fiança na prisão do condado de Dallas.
Um histórico violento e a polêmica migratória
Cobos-Martínez tinha um longo histórico criminal nos Estados Unidos: roubo de carros, sequestro, abuso sexual infantil e violação de liberdade condicional, entre outros.
Após cumprir várias penas, foi liberado em janeiro de 2025 sob supervisão, uma vez que o regime cubano se recusa a receber nacionais com antecedentes violentos.
O caso gerou uma tempestade política. O presidente Donald Trump acusou a administração Biden de irresponsabilidade: "Este crime poderia ter sido evitado. Este indivíduo nunca deveria estar em nosso país. Foi liberado porque Cuba não aceita os maus".
Familiares acrescentam que Cobos teria cometido pelo menos dois assassinatos em Cuba antes de emigrar (sua mãe nega), e que chegou a mutilar um homem durante uma briga.
Um testemunho coletado pelo jornalista Javier Díaz indica que dois irmãos foram reclamar a Cobos Martínez sobre o furto de dois animais, e este respondeu atacando-os com um facão, causando a morte de um deles.
Presuntamente, um tio ex-convicto assumiu a culpa para evitar que seu sobrinho fosse para a prisão. Esse homem ainda estaria cumprindo pena por essa causa, e por isso Yordanis ficou livre.
Consternação na comunidade
A vítima, de origem indiana, era um homem respeitado e trabalhador que planejava viajar em outubro para visitar seus pais em Andhra Pradesh. Sua esposa e seu filho de 18 anos presenciaram o crime, o que causou uma enorme comoção.
A comunidade indo-americana no Texas demonstrou um amplo apoio à família da vítima, arrecadando mais de 200 mil dólares para cobrir despesas funerárias e apoiar a educação do filho.
O funeral de Nagamallaiah aconteceu neste sábado com uma grande presença de público.
O caso não apenas expôs a brutalidade do crime, mas também as falhas do sistema migratório americano e a recusa do regime cubano em aceitar a repatriação de seus cidadãos com antecedentes violentos, o que gerou um forte debate político e social nos Estados Unidos.
Perguntas frequentes sobre o caso do cubano acusado de assassinato no Texas
Quem é Yordanis Cobos-Martínez e que crime cometeu?
Yordanis Cobos-Martínez é um cidadão cubano acusado de decapitar o gerente de um motel em Dallas, Texas. O crime, cometido com um facão, ocorreu na frente da esposa e do filho da vítima, Chandra Nagamallaiah. Cobos-Martínez foi preso pouco depois do incidente.
Qual é o histórico criminal de Yordanis Cobos-Martínez nos Estados Unidos?
Cobos-Martínez tem um histórico criminal nos EUA que inclui roubo de carros, sequestro, agressão e abuso sexual infantil. Esses antecedentes, juntamente com sua recente acusação por assassinato, geraram um intenso debate sobre as políticas migratórias nos EUA.
Por que Yordanis Cobos-Martínez estava em liberdade apesar de seus antecedentes?
Cobos-Martínez foi liberado em janeiro de 2025 porque o regime cubano se recusou a recebê-lo de volta. Essa recusa obrigou as autoridades americanas a supervisioná-lo em liberdade, uma ação que foi fortemente criticada após o assassinato em Dallas.
Que impacto teve o caso nas políticas migratórias dos EUA?
O caso reabriu o debate sobre a segurança pública e as políticas de deportação de imigrantes com antecedentes criminais. A administração Trump utilizou o caso para justificar a deportação de indocumentados para terceiros países, apesar das críticas por violar direitos humanos fundamentais.
Qual tem sido a reação da família da vítima e da comunidade indo-americana?
A família da vítima, assim como a comunidade indo-americana no Texas, expressaram sua dor e solidariedade. Foi organizada uma campanha de arrecadação que ultrapassou 200.000 dólares para cobrir as despesas do funeral e apoiar a educação do filho de Nagamallaiah.
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