O lançador guantanamero Damián Savón publicou um comunicado nesta segunda-feira após protagonizar um incidente polêmico no estádio Cándido González de Camagüey, onde foi expulso por agredir um árbitro durante o jogo entre Guantánamo e os Toros.
A declaração foi publicada pelo próprio jogador em sua conta de Facebook, onde ele expressou seu “maior arrependimento” pelo ocorrido.

Savón pediu desculpas ao povo de Cuba, especialmente ao de Camagüey, e à Direção Nacional de Beisebol, pelo arremesso que acabou atingindo o árbitro Roman Zamora, ação pela qual foi imediatamente expulso.
“Quero manifestar meu maior arrependimento […] Estou arrependido por ter causado isso”, escreveu Savón, que afirmou estar ciente de que receberá uma sanção das mais altas autoridades esportivas, e que sua equipe já lhe aplicou uma medida disciplinar que o deixará fora de várias partidas.
"Nunca buscaria criar uma situação denigrante para o beisebol cubano, que é aquele que desde muito pequeno pratiquei e me ensinaram valores", acrescentou em sua publicação.
Fechou sua declaração afirmando que jamais repetiria este incidente, o qual qualificou como lamentável.
Por sua vez, a Comissão Nacional de Beisebol informou em X que "sua Comissão Disciplinar foi ativada devido à conduta do arremessador de Guantánamo Álvaro Damián Savón Tejeda".
O vídeo do momento da agressão, onde se observa Savón golpear o árbitro na cara com a luva, foi divulgado pelo site especializado Por La Goma LLC e gerou amplas reações nas redes sociais.
Savón também criticou a forma como o incidente foi amplificado nas plataformas digitais: “Vi nas redes sociais que usaram essa situação para exagerar e fazer parecer que é uma crise do nosso beisebol”, afirmou.
Assegurou que nunca buscaria “criar uma situação denigrante para o beisebol cubano”.
O lançador insistiu que sempre manteve uma conduta condizente com os valores do esporte cubano e encerrou sua mensagem pedindo desculpas à sua equipe e ao árbitro afetado: “Jamais repetirei tal lamentável incidente”.
A pesar do escândalo, Guantánamo venceu Camagüey com o placar de 8 a 2.
Este não foi o único caso de disciplina severa na atual Série Nacional. Em agosto passado, o INDER em Granma confirmou uma sanção de um ano ao lançador Leandro Martínez por infrações classificadas como “muito graves”.
A medida proíbe sua participação em eventos competitivos nacionais e sua contratação, após ter adotado comportamentos públicos que atentavam contra o decoro esportivo.
O comentarista oficial Pavel Otero, ao abordar esse caso, questionou a falta de coerência na aplicação de sanções dentro do beisebol cubano.
“Tivemos jogadores envolvidos em agressões físicas durante o jogo, com suspensões de apenas dois ou três jogos”, apontou, sugerindo a necessidade de revisar o regulamento disciplinar.
Perguntas frequentes sobre o incidente de Damián Savón e as sanções no beisebol cubano
O que aconteceu com Damián Savón durante o jogo em Camagüey?
Damián Savón foi expulso por agredir um árbitro durante um jogo entre Guantánamo e Camagüey no estádio Cándido González. O arremessador atingiu o árbitro Roman Zamora com a luva, pelo que pediu desculpas publicamente nas redes sociais e expressou seu arrependimento.
Que sanção Damián Savón pode enfrentar por sua agressão ao árbitro?
Damián Savón já foi sancionado por sua equipe, o que o deixará fora de vários jogos. Espera-se que receba uma punição das máximas autoridades esportivas de Cuba, embora o tipo exato de sanção ainda não tenha sido especificado.
Como a comunidade do beisebol cubano reagiu ao incidente com Savón?
O incidente gerou uma ampla discussão nas redes sociais, com críticas sobre a forma como as sanções foram geridas no beisebol cubano. O comentarista Pavel Otero questionou a coerência na aplicação das sanções, sugerindo uma revisão do regulamento disciplinar devido a casos anteriores de agressões que receberam sanções mais brandas.
Quais outros incidentes disciplinares recentes ocorreram no baseball cubano?
Recentemente, o arremessador Leandro Martínez foi sancionado por um ano devido a infrações muito graves, e o arremessador Erly Casanova foi punido sem uma explicação formal por gerenciar um contrato por conta própria. Esses casos refletem uma crise na gestão disciplinar e no controle estatal sobre o beisebol cubano.
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