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Dos emigrantes cubanos que chegaram há três anos aos Estados Unidos se uniram às brigadas que combatem incêndios florestais no Arizona, uma aposta pelo serviço público que combina sua experiência anterior na Ilha com a capacitação adquirida em seu novo país.
A história foi divulgada pelo El Toque em Facebook, onde compartilhou um vídeo com os testemunhos de David Sánchez, Carlos Suárez e do bombeiro norte-americano Eric Brink, que os acompanhou na sua integração às equipes.
Segundo relataram, nesta temporada já atenderam a três sinistros em território arizonense.
Para David Sánchez, que foi bombeiro em Cuba, a transição para os Estados Unidos não apagou sua vocação. "Cheguei há três anos... aqui tive a oportunidade e a bênção de continuar meu sonho", explicou.
Acaba de se formar na Academia de EMT (técnico em emergências médicas) e pretende ingressar no próximo ano na Academia de bombeiro estrutural para consolidar sua carreira.
Seu compatriota Carlos Suárez vive sua primeira temporada como bombeiro florestal em seu país e, após responder a três incêndios, destacou o apoio de seu entorno e das instituições que lhe abriram as portas.
"Agradeço à minha família, amigos e aos Estados Unidos por me permitirem continuar com o que sempre amei: ser bombeiro e servidor público", expressou.
O americano Eric Brink destacou a rapidez com que ambos se adaptaram aos protocolos locais.
"Foi uma honra mostrar a vocês como combatemos os incêndios nos Estados Unidos. David assumiu a liderança e fez um ótimo trabalho, enquanto Carlos desempenhou um excelente papel apoiando sua equipe", disse.
Brink descreveu os dois cubanos como refugiados políticos e celebrou a oportunidade de estender a mão para facilitar sua integração.
A experiência no Arizona se soma a um mapa crescente de profissionais cubanos de emergência que atuam nos Estados Unidos.
Na Flórida, por exemplo, a trajetória de Rodney Ramos, Leonardo Suárez e Alejandro Valdés - este último tenente no Corpo de Bombeiros e EMS de Charlotte County - tem sido citada como um exemplo de superação.
Todos serviram como bombeiros em Cuba antes de homologar sua formação, se qualificar como paramédicos e resgatistas e conquistar vagas em diferentes departamentos (Miami-Dade, Pasco e Charlotte).
Em entrevistas, Leonardo Suárez trouxe contexto técnico sobre o incêndio dos Supertanqueros em Matanzas (2022), onde morreram 17 pessoas, incluindo vários bombeiros.
Tanto no Arizona quanto na Flórida, essas histórias compartilham um fio condutor: treinamento rigoroso, resiliência e compromisso cívico.
No caso de David Sánchez e Carlos Suárez, a transição da experiência cubana para a resposta a incêndios florestais no sudoeste dos Estados Unidos revela uma dupla pertença: a daqueles que honram seu ofício de origem e, ao mesmo tempo, contribuem para a segurança da comunidade que hoje é seu lar.
Perguntas frequentes sobre migrantes cubanos como bombeiros nos EUA.
Por que é relevante que migrantes cubanos atuem como bombeiros nos EUA?
A história desses migrantes cubanos é um exemplo de superação e adaptação em um novo país. Sua participação em corpos de bombeiros nos EUA não apenas reflete um compromisso com sua nova comunidade, mas também demonstra a capacidade dos migrantes de se integrar e contribuir positivamente, apesar dos desafios políticos e sociais que enfrentaram em seu país de origem.
Como os bombeiros cubanos se adaptaram aos protocolos dos EUA?
Segundo o bombeiro americano Eric Brink, os bombeiros cubanos se adaptaram rapidamente aos protocolos locais de combate a incêndios. Isso demonstra sua capacidade de aprendizado e adaptação a novos ambientes, o que tem sido fundamental para seu sucesso no serviço de bombeiros nos Estados Unidos.
Quais são os antecedentes dos bombeiros cubanos antes de chegarem aos EUA?
Antes de se mudarem para os Estados Unidos, alguns desses bombeiros já exerciam sua profissão em Cuba. Por exemplo, David Sánchez foi bombeiro na ilha, o que lhe permitiu trazer uma valiosa experiência anterior que pôde complementar com a formação recebida nos EUA para continuar sua carreira profissional.
Quais desafios os migrantes cubanos enfrentam ao se integrarem nos EUA?
Os migrantes cubanos, assim como outros grupos, enfrentam desafios como a adaptação cultural, o reconhecimento de suas qualificações e os obstáculos legais para obter residência ou status migratório regular. No entanto, sua resiliência e o apoio das comunidades locais lhes permitiram superar esses desafios e prosperar em seu novo ambiente.
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