Governo apreende toneladas de banana em Granma e recebe críticas: “Já não chegará ao povo”

O confisco de bananas em Guisa, Granma, gerou críticas por parte da população, que vê essas ações como um obstáculo para agricultores e consumidores. As reações nas redes sociais refletem descontentamento.

Plátano apreendidoFoto © Facebook / Entérate com Aytana Alama

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Um perfil oficialista informou sobre o decomiso de toneladas de banana madura no município de Guisa, em Granma, e dezenas de cubanos criticaram o que consideram “um abuso”.

“Ocupan que se emplearia para venda ilegal em Guisa. Granma. Desta vez me enviam imagem da ocupação de toneladas de banana madura em Guisa, as quais pretendiam transportar até Bayamo em um caminhão particular, para a venda ilegal a preços alterados por parte dos carretilleros”, informou no Facebook o perfil associado ao oficialismo Entérate com Aytana Alama.

A informação oficial afirmou que “agora o produto será enviado para Acopio para a comercialização legal a preços mais baixos para a população bayamesa”.

No entanto, os granmenses não pensam da mesma forma e reagiram com indignação a essa tentativa de criminalizar produtores e vendedores.

“E você considera isso uma conquista, claro que vendem barato porque não lhe custou nada, não vejo nenhum avanço quando continuam a vigiar aqueles que se dedicam a levar comida ao povo, algo que vocês não fazem. São produtos comprados dos campesinos, já que vocês não conseguem comprar deles”, comentou um usuário.

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Outro usuário se voltou contra os dirigentes do governo: “são uns descarados, confiscam para ficar com o dinheiro, deixem cada um vender sua mercadoria, ponham-se contra as drogas e deixem o povo fazer o que for para se manter, são uns abusadores, só querem se enriquecer, são os dirigentes criminosos corruptos e descarados deste país.”

Para outro, “aos ladrões que matam não acontece nada”, enquanto “aos guajiros que lutam não os deixam viver, é uma competição do governo contra o povo”.

Um usuário considera que “cada vez que se apreende um produto agrícola, é um produtor a menos que vai semear, o que encarecerá o produto”.

“Isso é o que eu não me canso de criticar. Se há 100 produtores vendendo toneladas de banana ou outro produto, com certeza o preço vai cair... Isso não falha, satisfaz a demanda para que você veja como o preço baixa”, acrescenta.
Um granmense opina que “o que acontece é que o governo não tem coragem nem dinheiro para ir comprar do camponês e depois vendê-lo a um preço acessível, e se o fazem, então não pagam o camponês, tudo é fiado, assim não dá, é melhor o apreensão, Deus, até quando será essa situação”.

Enquanto os agricultores lutam para levar alimentos à população, as apreensões representam um obstáculo adicional para aqueles que dependem da venda de seus produtos para sobreviver.

Situações como esta não são novas.

Também no final do ano passado, Carlos Díaz e Joelkis Díaz, um casal cubano, ambos com 58 anos, sofreram o apreensão de duas vacas que tinham há duas décadas e meia, por parte da delegada de Agricultura em Boyeros, Yisel Rodríguez.

O confisco de vários caminhões com alimentos pertencentes a campesinos em Santiago de Cuba despertou uma onda de indignação nas redes sociais.

Perguntas frequentes sobre o confisco de bananas em Granma

Por que o governo de Cuba confiscou toneladas de banana em Granma?

O governo de Cuba apreendeu toneladas de banana em Granma sob a justificativa de que se pretendia vender ilegalmente a preços alterados. Segundo o perfil oficialista Entérate com Aytana Alama, o produto será enviado para Acopio para sua comercialização legal a preços mais baixos. No entanto, esta ação gerou críticas por parte dos cidadãos, que consideram que o apreensão é um abuso e afeta os produtores locais.

Como a população de Granma reagiu ao apreensão de bananas?

A população de Granma reagiu com raiva e críticas ao confisco, qualificando-o de abuso e apontando que essas medidas afetam os produtores e encarecem os produtos agrícolas. Muitos consideram que o governo não compra diretamente dos camponeses e que essas ações desincentivam a produção agrícola, o que poderia ter um impacto negativo nos preços e na disponibilidade de alimentos.

Quais são as implicações do confisco de bananas para os produtores em Cuba?

O apreensão de produtos agrícolas, como os bananas, desincentiva os produtores, pois representa um obstáculo para aqueles que dependem da venda de seus produtos para sobreviver. Isso se soma à falta de apoio do governo para comprar diretamente dos camponeses a preços justos, o que poderia levar a uma menor produção e a um aumento dos preços no mercado.

Qual é o impacto das políticas do governo cubano na distribuição de alimentos?

As políticas do governo cubano, como as apreensões de produtos agrícolas, afetam negativamente a distribuição de alimentos ao criminalizar a venda informal e limitar a capacidade dos produtores de levar seus produtos ao mercado. Isso se traduz em uma oferta reduzida e preços potencialmente mais altos para a população, exacerbando a crise alimentar na ilha.

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Equipe Editorial da CiberCuba

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