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Aos 36 anos, o atacante cubano Marcel Hernández vive uma fase de entrega absoluta e silenciosa expectativa.
Ídolo da torcida costarriquenha, bicampeão com o Club Sport Herediano, da primeira divisão, e com 18 gols em campeonatos nacionais, Marcel está no último trecho de seu contrato sem saber se o clube renovará seu vínculo.
Estou dando 150% em função do grupo, afirmou à , após marcar um novo gol na recente partida contra o Puntarenas FC, na qual também pediu desculpas aos torcedores pela derrota.
Com humildade, reconhece que o início do torneio não foi o ideal, mas promete mudar a trajetória. “Não foi o começo dos sonhos… mas podemos mudar nossa história nos próximos jogos.”
Entre a incerteza e a fidelidade
Embora tenha havido uma primeira aproximação da diretoria florense, Marcel reconhece que não é o que esperava e prefere se concentrar em aproveitar o presente.
“Para mim é isso: aproveitar o dia a dia… Estou feliz, tranquilo”, declarou ao final da partida, sem perder a compostura nem deixar de contribuir com gols, assistências e liderança.
O técnico Pablo Salazar ainda o considera uma peça chave do esquema, mas a diretoria não confirmou se continuarão contando com ele além de dezembro.
“Por enquanto, o mais importante é continuar contribuindo com o Herediano, com a torcida, e dar o meu melhor. Como disse, continuar disfrutando”, afirmou o atacante.
Uma história de luta, sucessos e feridas
Marcel não é apenas um artilheiro; ele também é um homem marcado por uma história que vai além do futebol. Em 2022, foi absolvido na Costa Rica de todas as acusações pelas quais havia sido acusado em 2018, incluindo violação e relações com uma menor.
Após quatro anos de processo judicial e três tentativas de levá-lo a julgamento, os tribunais determinaram sua inocência por falta de provas e contradições nos depoimentos.
Mais do que eu como homem, foi a justiça que triunfou, disse então, visivelmente aliviado, e com a esperança de voltar a ver sua família em Cuba após anos de restrições.
Longe da seleção, mas não de Cuba
Em 2023, Marcel decidiu se afastar da seleção nacional de Cuba como um gesto de protesto contra as condições precárias que os jogadores cubanos enfrentam durante as convocações.
“Nós não nos alimentamos bem e não temos boas acomodações”, denunciou. Não fechou a porta, mas deixou claro que o respeito pelo jogador é fundamental para seu retorno.
Hoje, o maior artilheiro estrangeiro do futebol costarriquenho a nível de clubes, um feito alcançado em 2022, continua fazendo história a cada partida.
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