As divisas entraram em uma fase de relativa estabilidade em Cuba, ou pelo menos é isso que se conclui após somar nesta quarta-feira, pelo quarto dia consecutivo, um dia sem alterações na comercialização informal das três moedas de referência na ilha, conforme revela o boletim diário do meio independente elTOQUE.
O dólar continua cotado a 387 CUP; e também sem mudanças o euro, que se mantém em 435 CUP por unidade.
No caso da Moeda Livremente Conversível (MLC), a moeda virtual com a qual o regime opera em algumas lojas, por enquanto continua em 225 CUP.
Apesar de não haver mudanças visíveis, a mediana de valores de compra e venda das últimas 24 horas continua revelando preços de venda para o euro em 440 CUP; e um estiramento até 390 no caso da moeda americana.
Evolução da taxa de câmbio

Taxa de câmbio hoje 23/07/2025 - 9:26 a.m. em Cuba:
Tasa de câmbio do dólar USD para CUP segundo elTOQUE: 387 CUP.
Tasa de câmbio do euro EUR para CUP segundo elTOQUE: 435 CUP.
Tasa de câmbio do MLC para CUP segundo elTOQUE: 225 CUP.
Equivalência de notas de Dólar Americano (USD) para Peso Cubano (CUP), de acordo com as taxas de câmbio deste 23 de julho:
1 USD = 387 CUP.
5 USD = 1.935 CUP.
10 USD = 3.870 CUP.
20 USD = 7.740 CUP.
50 USD = 19.350 CUP.
100 USD = 38.700 CUP.
Equivalência de bilhetes de Euros (EUR) a Peso Cubano (CUP):
1 EUR = 435 CUP.
5 EUR = 2,175 CUP.
10 EUR = 4.350 CUP.
20 EUR = 8.700 CUP.
50 EUR = 21.750 CUP.
100 EUR = 43.500 CUP.
200 EUR = 87.000 CUP.
500 EUR = 217.500 CUP.
A semana passada, o primeiro-ministro cubano, Manuel Marrero Cruz, anunciou diante da Assembleia Nacional do Poder Popular (ANPP) que no segundo semestre de 2025 será implementado um novo “mecanismo de gestão, controle e alocação da divisa”, como parte do chamado “Programa de Governo para corrigir distorções e reimpulsionar a economia”.
Segundo Marrero, o novo modelo incluirá a transformação do mercado cambial oficial, a consolidação de esquemas de financiamento e a suposta redistribuição mais eficiente das divisas geradas pelas empresas estatais.
Enquanto isso, o mercado informal continua a definir o ritmo, o peso cubano vale cada vez menos, e as remessas dos emigrantes sustentam milhões de lares.
Os cubanos continuam obrigados a comprar dólares na rua para adquirir comida, medicamentos ou pagar taxas migratórias.
Por muito tempo, os especialistas têm alertado que qualquer tentativa de reorganizar o sistema cambial sem uma política inclusiva só tenderá a aprofundar a desigualdade. Sem acesso real a divisas, a população fica presa em uma economia paralela que penaliza os mais vulneráveis.
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