Trump ataca o México: limita voos e coloca em xeque a aliança entre Delta e Aeroméxico

O presidente dos EUA impõe restrições a voos vindos do México devido ao conflito com o aeroporto da capital e ameaça encerrar a aliança entre a Delta e a Aeroméxico se a medida não for revertida.

Avião da Delta Airlines (Imagem de referência)Foto © Wikimedia Commons

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs novas restrições aos voos vindos do México e ameaçou cancelar a aliança estratégica entre Delta Air Lines e Aeroméxico, em resposta às políticas do governo mexicano que limitam as operações aéreas internacionais no Aeroporto Internacional Benito Juárez da Cidade do México.

Segundo reportou a agência Associated Press (AP), o secretário de Transporte, Sean Duffy, afirmou que a transferência forçada das companhias aéreas para o novo Aeroporto Internacional Felipe Ángeles, localizado a mais de 48 quilômetros do centro da capital, constitui uma violação do acordo bilateral de aviação entre os dois países e concede vantagens injustas às companhias aéreas mexicanas.

"Joe Biden e Pete Buttigieg deliberadamente permitiram que o México rompesse nosso acordo bilateral de aviação", disse Duffy, referindo-se à administração anterior.

“Isso termina hoje. Que essas ações sirvam de advertência a qualquer país que pense que pode se aproveitar dos Estados Unidos, nossas companhias aéreas e nosso mercado. América em Primeiro Lugar significa lutar pelo princípio fundamental da equidade”, sublinhou.

Como parte das medidas, todas as companhias aéreas mexicanas —comerciais, de carga e voos charter— deverão submeter seus itinerários à revisão e obter aprovação do Departamento de Transporte dos Estados Unidos até que as autoridades estejam satisfeitas com o tratamento que o México concede às companhias aéreas dos EUA.

A aliança entre a Delta e a Aeroméxico, vigente desde 2016, tem sido objeto de revisão por parte do governo desde o ano passado.

Ambas as empresas alegam que encerrar o acordo prejudicaria os consumidores, afetaria mais de uma vintena de rotas e colocaria em risco cerca de 800 milhões de dólares em benefícios econômicos bilaterais.

"La proposta do Departamento de Transporte de encerrar esta aliança estratégica e procompetitiva causaria um dano significativo aos viajantes, empregos e comunidades tanto nos Estados Unidos quanto no México", afirmou a Delta em um comunicado citado pela AP.

A Aeroméxico informou que está avaliando a ordem e que apresentará uma resposta conjunta com a Delta nos próximos dias.

A cancelamento do acordo, no entanto, só entraria em vigor em outubro.

Estima-se que a perda de voos diretos poderia desestimular mais de 140.000 turistas norte-americanos e cerca de 90.000 mexicanos, com consequências negativas para o turismo e as economias de ambos os países.

Perguntas frequentes sobre as restrições de voos e a política de Trump em relação ao México

Por que Donald Trump impôs restrições aos voos do México?

O presidente Donald Trump impôs restrições aos voos do México como resposta às políticas do governo mexicano que limitam as operações aéreas internacionais no Aeroporto Internacional Benito Juárez da Cidade do México, o que o governo dos Estados Unidos considera uma violação do acordo bilateral de aviação entre os dois países.

Como afeta o cancelamento da aliança entre a Delta e a Aeroméxico?

A cancelamento da aliança entre Delta e Aeroméxico pode afetar mais de uma vinteena de rotas e colocar em risco cerca de 800 milhões de dólares em benefícios econômicos bilaterais, além de prejudicar os consumidores e o turismo entre os dois países.

Qual é o impacto das restrições no setor turístico dos Estados Unidos?

As restrições impostas por Trump têm provocado uma queda na demanda por viagens e um forte impacto no setor turístico nos EUA, afetando tanto companhias aéreas quanto redes hoteleiras, que viram uma queda significativa no valor de suas ações e na demanda por seus serviços.

Quais medidas o México tomou em resposta às ações de Trump?

México optou por manter-se aberto ao diálogo, embora tenha anunciado que tomará medidas tanto tarifárias quanto não tarifárias em resposta às decisões de Trump, especialmente em relação às tarifas impostas a seus produtos.

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