O Blanck Mango Podcast tem agitado as redes sociais ao mostrar, sem filtros, o drama cotidiano que vive o povo cubano. Em novos vídeos compartilhados esta semana no TikTok (@blackmangopodcast) e no Instagram, são intercaladas imagens de sua recente visita a Havana com depoimentos de cidadãos que, diante da câmera, confessam sua desesperação.
“Não têm luz, não têm água, não têm absolutamente nada”, diz um dos youtubers em um dos trechos de seu relatório na ilha, onde várias pessoas falam a partir de suas experiências: uma mulher que não consegue andar nem tem cadeira de rodas; outra que mostra como se vira com um jarro para lavar; um homem que se alimenta com o que encontra nos contêineres. Outro, em prantos, lança um apelo: “Estou cansado... por favor, me ajudem”.
As cenas gravadas na ilha mostram habitações deterioradas, pessoas dormindo em péssimas condições, a precariedade do dia a dia, a fome, a miséria.
“Eu não ando, eu não tenho cadeiras de rodas... eu posso morrer aqui”, diz uma senhora de sua casa. “Aqui não há luz, não há água, não há absolutamente nada”, explica um dos youtubers. E quando perguntam se podem se expressar livremente, outra mulher responde: “Aquela moça que está aí foi presa. Não há liberdade de expressão.”
"Obrigado por mostrar a verdade que muitos silenciam."
Nas redes, suas novas publicações desencadearam uma onda de reações, muitas delas vindas de dentro da ilha. “Só nós que vivemos aqui sabemos o que é Cuba”, escreveu um usuário. Outros comentaram: “Obrigado por mostrar a verdadeira Cuba… um lado muito sombrio da moeda”; “Dói ver isso. Essa é minha terra, esse é meu povo. Estamos cansados”, ou “Já não resta nada da ilha mais bela que olhos humanos tenham visto”.
Figuras públicas também reagiram. A atriz Judith González comentou: “Nossa ilha é uma prisão”, enquanto o cantor Yulién Oviedo acompanhou a publicação com emojis de choro e a bandeira cubana.
Entre os centenas de comentários destacados, lemos: “Cuba é uma prisão de experimentação social do comunismo”, “Obrigado por mostrar ao mundo o que muitos se recusam a ver”, ou “Muito obrigado, vocês fazem muito mais do que o governo apenas por mostrar como vive o povo”.
Outros centenas manifestaram apoio, dor e agradecimento. “Obrigada por serem corajosos e mostrarem a realidade do povo cubano”, escreveu uma usuária. “Minha terra está em ruínas e minha mãe está lá sozinha”, publicou outra. “Cuba nos dói muito, asere”, escreveu um jovem, enquanto outra mulher apontou: “Só aqueles que vivem aqui sabem o que é Cuba”.
“Chicos, eu os sigo desde o começo, não perco nem um episódio. Obrigado por tratar esse tema com tanto respeito. Tenho a sorte de viver na Espanha, mas minha família está lá. Agradeço de coração por nos trazer essa realidade”, disse uma seguidora do canal. Outro cubano comentou: “Muito obrigado, vocês fazem mais do que o governo só por mostrar como vive o povo.”
Também foram lidas mensagens como: "Obrigado por mostrar ao mundo o lado que não aparece em revistas ou em fotos do Malecón" e "Já não resta nada da ilha mais bela que olhos humanos tenham visto". Alguns, de dentro de Cuba, deixaram claro: "Estamos cansados. Isso não é vida".
Os fragmentos fazem parte de uma reportagem mais ampla que Blanck Mango publicou no YouTube sobre sua visita a Cuba. No vídeo completo, que acumulava mais de 90 mil visualizações em menos de 24 horas, compartilham cenas de fome, repressão e precariedade extrema em bairros como San Isidro, em Havana, mostram moradias onde seis pessoas sobrevivem com apenas duas libras de arroz por mês, uma idosa sem medicamentos e uma jovem que foi encarcerada após os protestos do 11J.
“Por trás das praias paradisíacas, dos carros antigos e dos sorrisos forçados… existe um país que sofre em silêncio. Caminhamos pelas suas ruas, conversamos com seu povo, vimos hospitais em estado de abandono, prateleiras vazias e olhos cheios de esperança quebrada. Isso não é propaganda. Isso é humanidade. Isso é Cuba”, escreveram em seu canal ao compartilhar o reportagens impactante, uma radiografia crua da Cuba atual.
Adicionarão ainda: “Agradecemos a todos os cubanos que nos permitiram gravar e contar suas histórias. Isto é por eles”. Suas palavras reforçaram o impacto do conteúdo, que já soma milhares de comentários em apenas algumas horas.
Com este novo material, sua mensagem chegou ainda mais longe. O que os youtubers gravaram e compartilharam gerou um eco profundo: a dor de milhares encontrou uma janela pela qual se tornar visível.
Perguntas Frequentes sobre a Realidade em Cuba segundo o Black Mango Podcast
Qual é a situação atual em Cuba segundo o Black Mango Podcast?
A situação em Cuba é de extrema precariedade, falta de liberdade e escassez de recursos básicos, como água, eletricidade e alimentos. Os youtubers documentaram condições de vida deploráveis, com pessoas vivendo em deterioração e medo, em uma espécie de "prisão com céu azul e carros bonitos".
Como o público reagiu aos vídeos do Black Mango Podcast sobre Cuba?
As redes sociais explodiram com reações de apoio, dor e gratidão aos youtubers por mostrar uma realidade que muitos não podem expressar abertamente. Os vídeos geraram um profundo eco e agradecimento por dar visibilidade à realidade cubana, recebendo milhares de comentários de cubanos dentro e fora da ilha.
Que tipo de represálias enfrentaram os youtubers durante sua visita a Cuba?
O Black Mango Podcast foi interrogado pela Segurança do Estado cubano devido à publicação de conteúdo que mostra a realidade do país. Apesar de não terem sido detidos, sofreram vigilância e assédio, o que ressalta o controle do regime sobre a liberdade de expressão.
Por que é importante o testemunho do Black Mango Podcast sobre Cuba?
O testemunho do Black Mango Podcast é crucial porque visibiliza uma realidade que o governo cubano tenta ocultar. Ao mostrar a vida fora dos circuitos turísticos, evidenciam as condições de miséria e repressão que os cubanos vivem, oferecendo uma perspectiva honesta e sem censura ao mundo.
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