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Um voo procedente das Bahamas aterrissou em Havana nesta terça-feira com 20 cidadãos cubanos que haviam saído da ilha de forma ilegal por via marítima.
O grupo retornado é composto por nove homens, sete mulheres e quatro menores de idade, conforme precisou uma nota do Ministério do Interior (MININT).
O MININT informou, além disso, que três dos repatriados foram transferidos para órgãos de investigação criminal, por serem considerados presuntos autores de crimes cometidos antes de deixar o país.
Balanço migratório: 696 repatriados em 2025
Com esta operação, o número de repatriações de migrantes irregulares realizadas a partir de diversos países da região sobe para 21 em 2025, com um total acumulado de 696 pessoas retornadas até a data.
Este balanço reflete a manutenção de rotas irregulares que -apesar da complicada situação nos EUA- continuam sendo utilizadas por cidadãos cubanos, muitas vezes à mercê de traficantes de pessoas ou em condições de extrema perigosidade.
A recente devolução das Bahamas, assim como as anteriores, ocorre no âmbito dos acordos bilaterais entre Cuba e outros países da região.
"Cuba ratifica seu compromisso com uma migração regular, segura e ordenada, ao mesmo tempo em que reitera o perigo e as condições de risco para a vida que representam as saídas ilegais do país", concluiu o MININT.
Ainda há balseros?
Embora em um número muito menor do que há alguns anos, devido à crise econômica e social que Cuba enfrenta, ainda existem pessoas que abandonam a ilha e se lançam em perigosas travessias marítimas para chegar às costas dos EUA.
O impulso migratório se mantém apesar da política agressiva implementada pelo governo do presidente Donald Trump desde seu retorno à Casa Branca em janeiro.
El passado 26 de junho, cinco cubanos foram resgatados em um ilhéu desabitado das Bahamas, onde permaneceram à deriva por 17 dias após o naufrágio de sua embarcação, conforme informou nesta terça-feira a Guarda Costeira dos Estados Unidos (USCG).
Durante uma patrulha na área, uma tripulação aérea do Serviço de Guardacostas dos Estados Unidos avistou os cubanos em Anguilla Cay, onde permaneceram abandonados por mais de duas semanas desde o naufrágio.
O grupo de imigrantes procedentes de Cuba foi entregue às autoridades das Bahamas nesta terça-feira pela tripulação do guarda-costas Robert Yered, informou a USCG em uma breve informação no X.
A nota não especificou as condições de saúde em que se encontravam as pessoas resgatadas nem como sobreviveram durante tanto tempo em um cayo desabitado.
Os migrantes cubanos que são transferidos para as Bahamas permanecem detidos lá por um tempo até serem devolvidos ao seu país.
El 10 de junho, a USCG já havia interceptado outros seis balseros cubanos em águas das Bahamas, durante as constantes operações de patrulha e controle migratório no Estreito da Flórida e no Caribe.
Previamente, no dia 6 de junho, a Guarda Costeira resgatou outro grupo de 20 imigrantes cubanos abandonados em Anguilla Cay, que também foram colocados sob custódia das Bahamas.
As autoridades americanas reiteraram em várias ocasiões que as pessoas interceptadas no mar não são elegíveis para entrar ou permanecer nos Estados Unidos, sendo retornadas ao seu país de origem ou transferidas para as autoridades dos países onde são encontradas, como nos casos recentes nas Bahamas.
O fluxo migratório de Cuba através do Estreito da Flórida no ano fiscal de 2025, em comparação com os períodos anteriores, evidencia uma redução significativa, a julgar pelo número de balseros cubanos repatriados nos últimos oito meses.
Segundo os dados oficiais publicados pela Oficina de Aduanas e Proteção Fronteiriça (CBP), em maio, apenas 44 cubanos foram detectados ao tentarem entrar irregularmente nos EUA pelo mar, enquanto 97 o fizeram pela fronteira sul (México) e nove pela norte (Canadá).
Os números são notavelmente baixos e revelam o impacto que as rígidas políticas migratórias da administração Trump estão tendo no comportamento daqueles que buscam sair de Cuba devido à persistente crise econômica e social.
Perguntas Frequentes sobre a Repatriação de Migrantes Cubanos a partir das Bahamas
Quantos migrantes cubanos foram devolvidos das Bahamas em 2025?
Em 2025, foram realizadas 21 repatriações de migrantes irregulares de vários países, incluindo as Bahamas, totalizando 696 pessoas devolvidas a Cuba. Esse número reflete a continuidade das rotas migratórias ilegais, apesar das políticas restritivas nos Estados Unidos.
Quais condições enfrentam os migrantes cubanos ao serem interceptados em alto-mar?
Os migrantes cubanos interceptados no mar enfrentam condições de extrema perigosidade. As saídas ilegais representam um risco significativo para a vida, uma vez que os migrantes muitas vezes estão à mercê de traficantes e enfrentam perigosas travessias marítimas. As autoridades americanas e de outros países reiteram que as pessoas interceptadas não são elegíveis para entrar ou permanecer nos EUA e são devolvidas ao seu país de origem.
Quais são as razões por trás da migração ilegal a partir de Cuba?
A migração ilegal de Cuba é impulsionada principalmente pela crise econômica e social persistente na ilha. A escassez de produtos básicos, a inflação, a inoperância de serviços essenciais como o fornecimento de eletricidade e a falta de liberdades contribuem para que muitos cubanos procurem melhores oportunidades fora do país, muitas vezes arriscando suas vidas no processo.
Como as políticas migratórias dos Estados Unidos afetam os migrantes cubanos?
As políticas migratórias da administração Trump endureceram as ações contra a imigração ilegal, incluindo a reativação de voos de deportação em massa para Cuba. Isso resultou em uma diminuição significativa do fluxo migratório da ilha, embora as causas subjacentes da migração persistam. A suspensão de conversas migratórias e a revogação de programas como o parole humanitário aumentam a incerteza para os migrantes cubanos.
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