“É preciso deter a agressão dos EUA”: Regime cubano reage ao bombardeio sobre instalações nucleares do Irã

Havana condenou o ataque a instalações nucleares no Irã, qualificando-o como uma violação do Direito Internacional e uma ameaça global, e pediu uma resposta urgente da ONU para deter a operação militar americana.

Bruno Rodríguez Parrilla e bombardeiro B2 StealthFoto © Radio Rebelde - Wikipedia

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O regime cubano condenou enérgicamente o ataque dos Estados Unidos contra instalações nucleares no Irã, classificando-o como uma “violação flagrante do Direito Internacional” e um ato que coloca em risco a estabilidade global.

Através de um comunicado oficial do ministério das Relações Exteriores (MINREX), emitido neste sábado, 22 de junho, em Havana, o governo de Miguel Díaz-Canel expressou seu respaldo absoluto a Teerã e exigiu uma resposta internacional urgente.

“A ameaça de agressão direta dos EUA contra a República Islâmica do Irã, incentivada pelo governo genocida de Israel, tornou-se realidade, após os covardes bombardeios contra as instalações nucleares de Fordow, Natanz e Isfahan”, denunciou o comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores.

A reação cubana ocorre um dia depois do ataque aéreo americano, confirmado pelo presidente Donald Trump nas redes sociais, que assegurou que a planta nuclear de Fordow havia sido “apagada do mapa”. A ofensiva incluiu o lançamento de bombas antibunker a partir de bombardeiros B-2 e mísseis Tomahawk de submarinos.

O governo cubano assegurou que os ataques não apenas representam uma “escalada perigosa do conflito no Oriente Médio”, mas também constituem uma “viagem grave” ao Tratado de Não Proliferação Nuclear, uma vez que as instalações atacadas estão sob inspeção do Organismo Internacional de Energia Atômica (OIEA).

Em sua declaração, Havana fez um apelo à Assembleia Geral e ao Conselho de Segurança da ONU para agir com urgência para deter o que considera uma “agressão temerária” de Washington. Também instou a uma “mobilização mundial para restaurar a paz”.

“O governo dos Estados Unidos sequestra de maneira temerária a busca pela paz regional e arrasta a Humanidade para uma crise de incalculáveis consequências”, concluiu o texto.

A posição de Cuba se alinha com as posturas de seus aliados estratégicos, como a Rússia, que também condenou a operação militar americana e ofereceu uma mediação diplomática que foi rejeitada por Trump.

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