Uma jovem cubana que reside na Cidade do México compartilhou no TikTok como conseguiu comprar uma casa nesse país, um testemunho que chamou a atenção de milhares de usuários e voltou a colocar em pauta as dificuldades e possibilidades que os migrantes enfrentam ao se estabelecer. No vídeo, a usuária conhecida como La China Color Canela oferece detalhes sobre seu processo pessoal, incentivando outros estrangeiros a seguir seus passos.
“Rapidinho vou dizer o que vocês precisam para, sendo estrangeiros, comprar uma propriedade no México”, começa dizendo @la.china.color.ca no vídeo, gravado enquanto esperava um pedido na rua. A jovem menciona que, no seu caso, conseguiu isso com residência permanente, RFC, comprovante de endereço e conta bancária, e acrescenta: “Não me diga que não consegue porque entrada é muito alta... Aqui você pode pagar em até 12 meses”. Ela assegura que assinou com 50 mil pesos mexicanos e que teve seis meses para completar a entrada, já que o apartamento estava em pré-venda.
“Se você tem esses documentos e quer adquirir sua propriedade aqui no México, me avise, siga-me, compartilhe, para que todos os migrantes vejam que no México é possível e que aqui podemos ter nosso lar”, conclui, enviando uma mensagem de ânimo à comunidade migrante.
A publicação gerou um avalanche de reações. “Isso mesmo, minha menina, mostra que é possível”, escreveu uma usuária entre dezenas de comentários positivos. Outros aproveitaram para compartilhar sua própria experiência, como um seguidor que avisou: “Você precisa tirar uma permissão nas Relações Exteriores e pagar 4 mil pesos; eles te dão um papel e você pode comprar”.
Não faltaram aqueles que duvidaram do que foi relatado. “Isso é mentira… atenção”, disparou uma usuária. Outro comentário mais extenso e crítico veio de um gestor migratório, que comentou: “Não acredito que com alguns meses aqui você já consiga comprar uma casa. Entendo que você está empolgada e te apoiei no seu vídeo quando muitos te criticaram, mas para dar informações desse tipo, recomendo que você se informe bem primeiro.”
Diante desse tipo de respostas, La China Color Canela defendeu seu testemunho com firmeza. “Compartilhei minha experiência pessoal. Nada foi improvisado ou dado de graça. Sim, sou migrante cubana e sim, comprei uma casa legalmente no México”, respondeu. Ela esclareceu que há tempo trabalha, declara rendimentos e constrói seu histórico de crédito, e finalizou: “Consegui isso com esforço e disciplina financeira. Não foi fácil, mas também não foi impossível”.
A jovem também aproveitou para responder perguntas sobre fideicomissos e normativas territoriais, precisando que, segundo lhe explicou seu notário, “o fideicomisso é se você compra a 50 km da praia ou a 100 da fronteira; para comprar na CDMX não é necessário”.
Este novo vídeo se soma a uma publicação anterior, na qual celebrava junto com sua família a entrada em seu novo lar. Lá, ela dizia com entusiasmo: “Estamos alcançando um passo que somente consegue quem realmente se foca no que quer e é objetivo”, enquanto atravessava a porta do apartamento acompanhada de sua mãe, seu parceiro e seu filho.
Ambas publicações têm funcionado como um espelho de uma realidade complexa: a dos migrantes que, entre burocracia, trabalho árduo e sonhos persistentes, buscam consolidar sua vida em outro país. Embora algumas vozes questionem o exposto, muitas outras encontram nesse relato uma motivação para seguir em frente.
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