Universidade do Colorado mantém previsão de temporada ciclônica ativa no Atlântico: 17 tempestades e 4 furacões intensos

A Universidade do Colorado prevê uma temporada ciclônica ativa: 17 tempestades e 4 furacões intensos. 56% podem impactar o Caribe e o sul da Flórida.

Chuvas intensas em Cuba (Imagem de referência)Foto © ACN /Abel Padrón Padilla

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A Universidade Estadual do Colorado (CSU) recentemente reafirmou sua previsão de que a atual temporada de ciclones no Atlântico será mais ativa do que o normal, com 17 tempestades nomeadas, 9 furacões e 4 de grande intensidade (categorias 3, 4 ou 5).

A informação foi publicada pelo meteorologista Philip Klotzbach, autor principal do relatório, na rede social X, onde explicou que o principal fator que explica esta temporada acima do normal é o comportamento das temperaturas do oceano Atlântico, que se mantêm muito acima da média.

Além disso, destacou como um fator importante a provável ausência do fenômeno El Niño durante os meses mais ativos do ciclo, entre agosto e outubro.

Ambas as condições criam um ambiente mais favorável para o desenvolvimento de ciclones tropicais, uma vez que os ventos que costumam cortar ou enfraquecer essas formações são reduzidos.

O relatório alerta que a atividade ciclônica prevista representa 125% da média registrada entre 1991 e 2020, com 155 pontos estimados de energia ciclônica acumulada (ACE).

Este valor mede a intensidade e a duração combinadas das tempestades.

Em particular, prevê-se que 56% dessa atividade tenha potencial de impacto no Caribe, uma informação especialmente sensível para países como Cuba, que ainda lidam com os efeitos estruturais e econômicos dos ciclones da temporada de 2024.

O relatório também faz referência a anos anteriores com padrões semelhantes: 1996, 1999, 2008, 2011 e 2021.

Em muitos deles, ocorreram temporadas de furacões especialmente destrutivos no Caribe e no sudeste dos Estados Unidos.

Embora não se projetem trajetórias concretas nem zonas de impacto, os pesquisadores insistem que basta que uma única tempestade atinja a terra para que toda a temporada seja considerada crítica.

O professor Michael Bell, outro dos autores do estudo, lembrou que a prevenção e a preparação são fundamentais: “Basta uma tempestade próxima a você para considerar a temporada como ativa”.

No caso de Cuba, onde o deterioro do parque habitacional, os sistemas de evacuação e a disponibilidade de alimentos e água são cada vez mais frágeis, o risco é muito mais do que meteorológico: é humano e estrutural.

Os especialistas da CSU publicarão novas atualizações da previsão no dia 9 de julho e 6 de agosto. Enquanto isso, eles alertam as comunidades costeiras para se manterem informadas e preparadas, lembrando que uma temporada ativa não significa necessariamente muitas tempestades, mas sim um risco maior.

Perguntas Frequentes sobre a Temporada Ciclônica 2025 no Atlântico

Quantas tempestades e furacões são esperados na temporada ciclônica de 2025?

São esperadas 17 tempestades nomeadas, 9 furacões e 4 furacões intensos (categoria 3 ou superior), segundo a Universidade Estadual do Colorado. Esta previsão é superior à média histórica e reflete uma temporada mais ativa do que o habitual.

Quais fatores contribuem para uma temporada ciclônica ativa em 2025?

Os principais fatores que contribuem para uma temporada ciclônica ativa em 2025 são as temperaturas do oceano Atlântico, que estão muito acima da média, e a provável ausência do fenômeno El Niño. Essas condições criam um ambiente favorável para o desenvolvimento de ciclones tropicais.

Qual é o risco de impacto de furacões no Caribe e em Cuba durante 2025?

Hay um 56% de probabilidade de que a atividade ciclônica tenha impacto no Caribe, e 50% de probabilidade de que um furacão atlântico penetre no mar do Caribe. No caso de Cuba, o risco de impacto é elevado devido ao deterioro de sua infraestrutura.

Quais são as recomendações para se preparar para a temporada de ciclones de 2025?

É fundamental ter um plano de emergência, identificar zonas de evacuação, manter-se informado através de aplicativos como FEMA e seguir as instruções das autoridades locais. A preparação e a prevenção são essenciais para mitigar o impacto das tempestades.

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