Aerolíneas europeias reduzem voos para os Estados Unidos

Em vez de voar para Nova Iorque, Miami e Los Angeles, as companhias aéreas estão reorientando seus voos para destinos mais acessíveis e rentáveis na América Latina, no Caribe e no Canadá.


As principais companhias aéreas da Europa, como Lufthansa, British Airways, Air France, KLM, Iberia e Scandinavian Airlines (SAS), começaram a reduzir seus voos para as principais cidades dos Estados Unidos.

Em vez de viajar para Nova Iorque, Miami, Los Angeles e Chicago, as companhias estão reorientando suas operações para destinos mais acessíveis e rentáveis na América Latina, no Caribe e no Canadá, onde a demanda por passagens está aumentando e superando a dos Estados Unidos.

A tendência responde a vários fatores: a diminuição nas reservas de passageiros europeus para esse país devido ao crescente descontentamento com as políticas migratórias e comerciais do presidente Donald Trump, além de uma percepção de maior insegurança.

Agências de viagens em cidades da Europa relatam uma diminuição significativa na demanda por destinos nos Estados Unidos, e as companhias aéreas estão ajustando seus horários de verão para se adequar a esse novo panorama.

Os europeus parecem estar mais interessados em destinos que ofereçam uma entrada mais fluida e menos restrições, o que faz com que países como o México, o Brasil e vários no Caribe estejam ganhando destaque.

A Lufthansa reduz voos para os Estados Unidos

A Lufthansa, a maior companhia aérea da Alemanha e uma das maiores da Europa, confirmou uma diminuição nas frequências de voos para cidades como Nova York, Miami e Chicago, três de seus destinos mais importantes nos Estados Unidos.

A companhia reorientou aviões de longo alcance para mercados com um maior volume de reservas antecipadas, como Índia, Japão e Grécia, além do sul da Europa e do norte da África.

British Airways e outras companhias aéreas seguem o exemplo

A British Airways também tomou medidas similares, suspendendo seus voos para Las Vegas e reduzindo suas operações para Orlando e Filadélfia.

Em seu lugar, acrescentou mais voos para cidades como Atenas, Málaga e Dubái, diante da crescente demanda dos viajantes britânicos por destinos sem as complicações políticas e migratórias que os Estados Unidos enfrentam atualmente.

Por sua parte, a Air France cancelou sua rota para Seattle e reduziu seus voos para Washington D.C.

Enquanto isso, a KLM (Países Baixos) reduziu sua presença em San Francisco e Boston. A companhia aérea holandesa está expandindo suas operações para a Ásia e Europa, onde a demanda continua alta.

A Iberia também reduziu sua oferta de voos para Chicago e adiou o lançamento de uma nova rota para Dallas, redirecionando seus aviões para a América Latina e o sul da Europa.

Impacto no turismo americano,impacto econômico para o país

A mudança nas rotas aéreas reflete uma tendência geral: as reservas de turistas internacionais para os Estados Unidos diminuíram em 10% no período de maio a julho, segundo dados da empresa de pesquisa Tourism Economics.

No caso do Canadá, a diminuição chega a 33%.

A situação se complica ainda mais com a percepção negativa em relação às políticas migratórias da administração Trump, que, juntamente com o endurecimento dos controles nas fronteiras, fez com que muitos europeus evitassem visitar o país.

Prevê-se que a queda no turismo europeu impacte fortemente a economia americana.

Estima-se que as chegadas internacionais aos Estados Unidos diminuirão 8,7% este ano, o que representará uma perda de até 8,5 milhões de dólares que antes eram gerados pelo turismo.

Estes resultados comprometem o crescimento sustentado que o setor apresentava após a pandemia.

A reação das companhias aéreas: preços em queda

Em resposta à diminuição da demanda, as companhias aéreas começaram a reduzir seus preços, com descontos de até 15% em algumas rotas, como a de Madrid a Nova York.

No entanto, os especialistas alertam que essa estratégia pode não ser suficiente para contrabalançar a queda do interesse em viajar para os Estados Unidos, especialmente quando as políticas migratórias e a situação política continuam gerando incerteza entre os turistas internacionais.

O auge da América Latina e do Caribe

Enquanto isso, destinos na América Latina e no Caribe se destacam como os grandes vencedores desta nova era do turismo internacional.

A Lufthansa, British Airways e Iberia aumentaram seus voos para cidades no México, Colômbia, Brasil e outros países do Caribe, onde a demanda é forte e as condições de entrada são menos restritivas do que nos Estados Unidos.

Esta reorientação dos voos reflete uma mudança significativa nas preferências dos viajantes europeus, que agora buscam destinos mais acessíveis e com menos complicações para desfrutar de suas férias.

Em resumo, o turismo transatlântico enfrenta um cenário difícil para os Estados Unidos, enquanto a América Latina e o Caribe se consolidam como os novos polos de atração para os viajantes europeus.

As companhias aéreas europeias, adaptando-se a essa mudança nas preferências, estão apostando na diversificação de rotas que reflete as novas realidades do mercado turístico global.

Já em março, várias agências de viagens relatavam cancelamentos de voos e os especialistas falavam em perdas milionárias para o setor.

Um artigo do The New York Times culpou as medidas e declarações de Trump por afastar milhares de turistas estrangeiros, que estão preocupados com as detenções na fronteira, as devoluções aos seus países de origem sem explicação e o discurso abertamente hostil em relação a estrangeiros e imigrantes.

Naquela época, foram tornados públicos casos como o de um cientista rejeitado na fronteira por ter mensagens críticas a Trump em seu celular, uma banda de punk britânica deportada de Los Angeles e uma mochileira galesa detida durante três semanas em condições questionáveis.

Esses incidentes geraram uma percepção global de que visitar os Estados Unidos poderia trazer riscos, mesmo com visto aprovado.

Perguntas frequentes sobre a redução de voos das companhias aéreas europeias para os Estados Unidos

Por que as companhias aéreas europeias estão reduzindo voos para os Estados Unidos?

As companhias aéreas europeias estão reduzindo voos para os Estados Unidos devido à diminuição na demanda de passageiros europeus e ao descontentamento com as políticas migratórias e comerciais do presidente Donald Trump. As companhias aéreas estão reorientando suas operações para destinos mais acessíveis e rentáveis na América Latina, no Caribe e no Canadá, onde a demanda está em alta.

Quais são as companhias aéreas europeias mais afetadas pela diminuição da demanda de voos para os Estados Unidos?

Lufthansa, British Airways, Air France, KLM, Iberia e Scandinavian Airlines (SAS) são algumas das companhias aéreas europeias mais afetadas e começaram a reduzir seus voos para cidades americanas como Nova Iorque, Miami, Los Angeles e Chicago. Essas companhias estão redirecionando suas operações para mercados com maior volume de reservas antecipadas.

Qual é o impacto da redução de voos no turismo e na economia dos Estados Unidos?

A redução de voos por parte das companhias aéreas europeias impacta negativamente no turismo e na economia dos Estados Unidos. As reservas de turistas internacionais para o país diminuíram em 10% no período de maio a julho, o que se traduz em uma perda estimada de até 8,5 milhões de dólares em receitas de turismo. A percepção negativa em relação às políticas migratórias da administração Trump contribuiu para essa tendência.

Quais estratégias as companhias aéreas estão adotando para contrabalançar a queda na demanda por voos para os Estados Unidos?

As companhias aéreas começaram a reduzir seus preços com descontos de até 15% em algumas rotas, como a de Madrid a Nova Iorque, para tentar contrariar a queda na demanda. No entanto, os especialistas alertam que esta estratégia pode não ser suficiente devido à persistente incerteza política e às políticas migratórias restritivas.

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